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Estou na Praia do Rosa. Na verdade estou no território de Imbituba – SC, onde mais de 500 mil veranistas se comprimem para gozar das maravilhas do mar, do sol e da gastronomia catarinenses, nesta temporada. Estou trabalhando no computador de uma ‘land house’ para garantir que esta coluna chegue ao JORNAL em tempo de ser publicada na edição deste sábado.

O sábado, ao qual me refiro já passou, mas insisto na publicação da matéria, pois ela é atual, ou permaneceu atual, embora eu tenha que admitir: “deu zebra no ROSA.” O Rosa não tem estrutura, nem material, nem administrativa para receber tanta gente e prestar atendimento minimamente satisfatório nas áreas de saneamento, água potável e outros serviços tanto aos ‘nativos’ quanto aos turistas que para cá vêm veranear com suas famílias. E foi assim que, desde o dia em que chegamos (26 de dezembro) até ontem (05 de janeiro) vivemos, a nossa família (o casal, filhas, genros e netos) sem água, literalmente sem água.

Então, vivemos um paradoxo, uma temporada como se estivéssemos em DUBAI com os recursos estruturais do SUDÃO. De fato, um impiedoso e humilhante paradoxo! Isso me faz pensar nos caprichos da natureza. É só um piscar de olhos ou uma grevezinha da natureza na distribuição de seus frutos à espécie humana e podemos a qualquer momento sair da zona de conforto e nos transformar em carregadores de ‘baldinhos de água’ trazidos da piscina das crianças para o vazo sanitário.

Pode isso? O que importa, porém, é o resultado. No meu caso, conseguimos o que há muito tempo, quase meia década, estávamos tentando realizar: um encontro de família, um lindo e memorável encontro de família em um lugar distante, lúdico, longe dos ruídos do trânsito e da barulhenta Expedicionário Weber. Em síntese, mais de mil quilômetros da minha morada, onde o canto da araponga jamais será ouvido. Mesmo com os contratempos da falta d’água, deu para fazer um ‘estrago’ na cozinha do lendário Tigre Asiático e do URUCUM, duas referências gastronômicas na disputada Praia do Rosa, mesmo com as contingências da INCRÍVEL FATA D’ÁGUA. Sábado estarei retornando sem ter colocado um só pesinho nas ondas do mar.*

* A coluna foi escrita nos últimos dias de 2018, em Imbituba/SC.

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