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Notas sobre o amor

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Podemos perguntar a várias pessoas sobre o que é o amor; sendo que cada um vai rebuscar no seu arcabouço de sentimentos, na tentativa em dar algum significado à ele; uma palavra, uma frase, uma sensação que seja, mas na verdade sabemos que ele é fugidio, não é mesmo? A gente corre atrás dele e ele foge, aí ele vêm e a gente corre e quando menos se espera, ali está ele, na esquina dando uma de incerto!

Um sentimento que podemos observar nas crianças desde muito cedo, isso mesmo, o amor se constrói na infância. Este é um sentimento que vamos construindo em nossas vidas frente aquilo que recebemos dos pais ou cuidadores, da nossa cultura, junto com aquilo que de melhor, na melhor das hipóteses podemos produzir. E então, aquilo que cada um de nós vai produzir com referência daquilo que recebeu, e que já pode ser um monte de coisas.

Freud já nos disse, o olhar da mãe ou daquele que nos cuida, nos olha, nos deseja, é substancial para nos sentirmos desejados, o olhar fundante e profundo que nos faz emergir, aparecer, aquele que pulsa e nos impulsiona para a vida. É com o olhar cativante, com a voz que chama, que invoca um sujeito naquele bebezinho tão pequenino, que não só se alimenta do leite, e sim se nutre substancialmente do deleite e do prazer de ser desejado pelo olhar e pela voz de alguém, para que um dia também sejas por alguém. Como dizem os poetas “ Quando a luz dos olhos meus, e a luz dos olhos teus, resolvem se encontrar, ai que bom que é isso meu Deus, que frio que me dá o encontro desse olhar”…

Têm aqueles que vivem um amor arrebatador, intenso, carnal, onde se jogam e jogam tudo, cuidado! Idealização demais a queda também poderá ser grande demais. Tipo assim: “Por você eu dançaria tango no teto, eu limparia os trilhos do metrô, eu iria a pé do Rio a Salvador, eu aceitaria a vida como ela é, viajaria a prazo pro inferno, eu tomaria banho gelado no inverno”.

Como aqueles que morrem de medo dele, passam fugindo com medo de perder e sofrer. “Eu tô fora, esse não me pega! Vamos combinar, um dia ele te pega! Para poder amar é preciso saber perder, não adianta querer controlar nem a si e nem ao outro, porém tem muita gente fazendo força.

Tem também o amor: “Entre tapas e beijos”, “o amor mafioso”, o amor, “não sou cachorro não”…fica a dica para reflexão!

Bem… não poderíamos deixar de fora o bom clichê: “Como é bom morrer de amor e continuar a viver…”

Feliz dia do amor!

Débora Regina Knebel é psicóloga, psicanalista em formação pelo Projeto Associação Científica de Psicanálise e Humanidades de Passo Fundo, mestre em Psicanálise e proprietária do Gaia Freudiana serviços em psicologia de Santa Rosa.

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