MEMÓRIAS¹

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‘Minhas memórias hoje
são uma colcha de retalhos
feita de muitos caminhos,
veredas e atalhos…
Memórias felizes
e outras nem tanto,
que a vida nisto é pródiga,
momentos alegres
e outros, percalços…’

Se a poesia fosse encomendada por mim, para enriquecer as memórias que autorizei publicar – já a caminho – a autora não teria acertado na mosca com a precisão de um atirador olímpico, como acertou. Mas não foi. Na verdade, fui pego de surpresa ao abrir a ZH e ler de traz para frente, como habitualmente o faço, aquele cantinho do ALMANAQUE GAÚCHO em que a poetisa Nilda Mello Cézar publicou a poesia. Deepak Chopra, médico, e filósofo indiano é um estudioso da física quântica; em várias obras sobre o assunto o MAGO faz aprofundada análise sobre as comunicações magnéticas através do espaço. Em seu livro COMO CONHECER DEUS, foi onde encontrei a explicação de como entender e aceitar o fenômeno de você estar em Nova Iorque, caminhando pela 5.ª Avenida e ao lembrar do Helio Barcelos, sentir a necessidade de conversar com o amigo e receber deste, no mesmo momento um Watz App do parceiro que se encontra em Santa Rosa. Já não lhe aconteceu isso? Se aconteceu tenha certeza, a física quântica explica o fenômeno.

Como disse, a poetisa mesmo não me conhecendo escreveu nos seus versos, traços inconfundíveis acerca das minhas memórias. Coincidência? Comunicação a distancia? Seja lá o que for os versos servem como uma luva e sintetizam a bagunça da minha vida no passado e no presente. Vamos ao ponto. As minhas memórias atualmente são, de fato, uma colcha de retalhos feita de muitos caminhos, veredas e atalhos. Querem um exemplo? Em 1991/1992 fui diretor de um banco, me saí bem, mas nunca fui bancário. Elésio Brum, candidato à vaga, zoava amistosamente: ‘Cara! Sou bancário concursado, dediquei-me a vida inteira ao banco, de repente entras aqui e sentas na cadeira de diretor’!! São os atalhos, as veredas, não acham? Como se diz no popular, “Fui de tudo”, de estudante a rodoviário; de jornaleiro a jornalista; de jogador de futebol a cartola, tive momentos alegres e outros nem tanto, momentos alegres e outros, percalços. Hoje tenho dificuldades em colocar minhas memórias no papel. Elas são sem dúvida, uma colcha de retalhos.

Até sábado.

¹ Poesia de Nilda Mello Cezar. ZH, 30.10.17, fl. 32.

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