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Em 27 de outubro de 2002, Luiz Inácio Lula da Silva, ex-sindicalista, elegeu-se presidente do Brasil. Uma eleição limpa, sem contestação, reconhecida até pelos adversários, foi um feito histórico protagonizado por um operário vindo dos sertões do nordeste disposto a assumir o mais alto cargo da República Federativa do Brasil. Ficamos orgulhosos, pois a façanha do presidente operário poderia ser o símbolo da consolidação da jovem democracia brasileira, abalada desde a morte de Getúlio. De lá para cá, só grandes fazendeiros, generais ou intelectuais haviam chegado ao mais alto posto, nunca um retirante nordestino. Na eleição de LULA, não houve contestação, não houve tiros. O Brasil mostrava sua maturidade política, repetia o que havia acontecido na Polônia em 1990/1995, quando Lech Walesa, eletricista de estaleiro, derrotou o comunismo e elegeu-se presidente da Polônia. O governo do sindicalista e fundador do solidariedade não foi lá essas coisas, mas rendeu-lhe um Prêmio Nobel e Walesa terminou seu mandato pobre mas com dignidade.

A posse de LULA, para mim foi motivo de orgulho por ter enfrentado a aristocracia capitalista, com a credencial de quem havia experimentando as agruras da fome e iniciado seu mandato atacando de ‘fome zero’ e apoiado pelo partido então imaculado – o PT. A eleição de LULA chamou a atenção do mundo. Barack Obama bradou diante das câmeras televisivas: ‘esse é o cara’! Pronto. Luiz Inácio acabava de ganhar a simpatia da América, ambicionava catalisar uma parte da África e já começava atrair as atenções da América Central a partir do Caribe. Foi a partir daí que LULA descobriu que não havia sido ungido só com as benesses do governo mas, com as forças do poder, poder que se tornou um mastodonte fortalecido pelo PT, o solidariedade de Luiz Inácio, a ponto de pensar que o poder pode tudo. Daí para frente tudo foi fácil e compensador, as licitações para construção de obras geraram propinas, as empreiteiras passaram sobrefaturar obras gigantescas, como barragens, etc., o BNDES virou financiador de obras nos países do Caribe, sem qualquer retorno e o ex-presidente transformou-se em “vendedor” de financiamentos e garoto propaganda de grandes empreiteiras, de onde vinham as propinas. A Odebrecht para poder atender a demanda, teve de criar na empresa um departamento para controlar a saída de propinas: DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES ESTRUTURADAS.

A PETROBRÁS foi a escolhida para azeitar o duto, por onde escapava a sangria de seu patrimônio. A esta altura LULA já pensava que era DEUS, já não lhe satisfazia ser apenas ‘o cara’. O operário ficou rico, debochou das instituições, ameaçou magistrados e cooptou a maioria dos congressistas e quando já conseguia intimidar os “homens de toga”, acreditou e se comportou como se estivesse acima da lei. No dia 5 de abril de 2018, foi decretada a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva. Não deu n’outra, LULA continua preso. Foi condenado no processo do TRIPLEX devendo cumprir pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias. Poderia sair em regime semi-aberto em agosto, mas até lá será julgado no recurso pelo crime envolvendo o Sitio de Atibaia. Mais oito anos de reclusão, no mínimo. Esta é a vida de carcerária de LULA. Até sábado.

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