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por Clóvis Medeiros

Os efeitos das más condições da rodovia RS 305 afetam de forma expressiva o desenvolvimento da região. Imaginem a dimensão do prejuízo quando se espera desde 1989 pela sua conclusão. Naquele ano o trajeto asfáltico teve início no município de Tuparendi, passou por Tucunduva, chegando até Horizontina, de onde as máquinas foram recolhidas para nunca mais voltarem. Até houve um esboço de continuidade da obra em direção a Crissiumal, mas as mais variadas alegações motivaram uma nova paralização. Até achados arqueológicos justificaram a interrupção da obra. Hoje esse problema teria sido superado.

O prejuízo causado pela ausência do asfalto é imensurável. Seria a via de acesso ao Oeste de Santa Catarina, desde a Fronteira Noroeste, reduzindo custos para os caminhoneiros, encurtando distâncias. O trecho concluído entre Tuparendi e Horizontina já encontra-se em péssimas condições. Quase intransitável. Se deteriorando a cada dia. É preciso restauração, manutenção.

No dia 21, aconteceu uma mobilização mais contundente em relação a busca de solução para o final dessa malfadada novela. Uma expressiva reunião, convocada pela Associação das Câmaras Municipais de Vereadores da Região Celeiro, com sede em Três Passos e que congrega mais de 190 vereadores, tratou de ser o embrião para organizar esse movimento reivindicatório. Rafael Tiago Godoy, presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Horizontina, apoiado pelo presidente da Câmara de Vereadores de Tuparendi, Nerci de Souza, encarregaram-se de mobilizar lideranças desde a Cascata do Buricá até o quilômetro um da rodovia. E as lideranças compareceram em massa. Estiveram na reunião prefeitos municipais, vereadores, representantes de órgãos como Federasul, ACI, Sindicatos, Sindilojas e AMUCELEIRO.

Da reunião surgiram ideias de como promover um encontro com o DAER, para verificar a situação atual em que se encontra o plano de conclusão da rodovia, estudar a viabilidade de inclusão no pacote de concessões propostos pelo governo do Estado, desenvolver a articulação partidária na busca de apoio, fazer um estudo para ver da possibilidade de cada município participar com parte dos custos da obra. Realizar um custo atuarial da obra, buscar apoio das Universidades com atuação na área através de seus cursos de engenharia, buscar junto a Assembleia Legislativa a formação de uma frente parlamentar em defesa dos interesses da Rodovia 305. Para desenvolver essas estratégias, todos esses trâmites, foi formada uma comissão com representantes de todos os municípios e instituições envolvidos. Tuparendi ficou representado pelo vereador Nerci de Souza e Leonel Petry.

O município de Santiago, apoiado com Bossoroca, estaria formando uma frente parlamentar em defesa daquele trecho, que atualmente está sem condições de tráfego. A URI, Universidade Regional Integrada, Campus de Santiago, comprometeu-se com o suporte técnico na área de engenharia, de forma espontânea, ou seja, as coisas podem acontecer.

As autoridades constituídas devem entender que nenhum pólo comercial ou industrial se desenvolve sem uma estrutura asfáltica. O desenvolvimento econômico e social de qualquer município depende de acesso pavimentado. Investir em estradas é essencial. É ela que propicia a necessária evolução para o patamar de desenvolvimento local e este potencializa o desenvolvimento regional.

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