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Abrir a boca pela manhã pode ser uma ação um quanto tanto arriscada, principalmente quando há alguém ao seu lado, isso porque, ao acordar, muitos indivíduos apresentam um grau de mau hálito.

Mas esse acontecimento é muito normal. Essa alteração é conhecida como halitose matinal e é atribuída a causas fisiológicas relacionadas ao despertar matutino. A halitose pela manhã ocorre, quase sempre, devido à diminuição do fluxo salivar durante o sono e o consequente acúmulo e putrefação de células epiteliais descamadas.

Há também alguns alimentos que auxiliam o indivíduo ter mau hálito. “Alimentos condimentados, alho e cebola podem ser responsáveis por uma halitose temporária. Já o álcool e o cigarro, além de provocarem uma halitose temporária, acabam promovendo um ressecamento bucal, o qual auxilia na formação da saburra lingual e, consequentemente, maior chances de possuir halitose”, explica a Cirurgiã Dentista Camila Zamboni.

Cirurgiã Dentista Camila Zamboni

O epitélio bucal descamado e os restos alimentares são normalmente removidos pela ação da língua e pela ação detergente da saliva durante a mastigação normal, pela deglutição e pela fala. O ato de comer ou escovar os dentes pela manhã remove a halitose decorrente desses fatores. Além de escovar os dentes de uma forma efetiva, calmamente e minunciosamente, deve-se fazer o uso do fio dental. Outros produtos podem ser usados como coadjuvantes nesse processo, como enxaguantes bucais.

Porém, essa halitose matinal é passageira, caso apresentar mau hálito por um longo período de tempo, é importante procurar auxílio. “Enquanto a halitose matinal é passageira, e também facilmente controlada, a halitose persistente pode indicar desordens orais, tais como doença periodontal, inflamação gengival, saburra lingual (placa esbranquiçada presente no dorso da língua), ou desordens sistêmicas, tais como úlceras gastrintestinais, hemorragia interna, hérnia de hiato, diabetes mellittus, cirrose hepática, leucemia, uremia e condições idiopáticas não características. A halitose, nessas situações, é mais intensa, apresenta características específicas de cada patologia e é de difícil controle. Nesses casos, a sua presença não deve ser subestimada, portanto indica-se orientação com um Cirurgião-Dentista, por ser sinal indicativo de sintomas patológicos subjacentes”, orienta Camila Zamboni.

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