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O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (25), os Estados e municípios que receberão as primeiras doses da vacina contra a dengue no país. O Rio Grande do Sul está fora da listagem. Serão 16 Estados e o Distrito Federal que contam com municípios cumpridores de todos os requisitos para iniciar a vacinação. Inicialmente, serão crianças entre 10 e 14 anos os alvos iniciais da campanha, que começará em fevereiro.

As regiões atendidas precisam contemplar três critérios: ser formadas por municípios com mais de 100 mil habitantes, ter alta transmissão de dengue registrada entre 2023 e 2024 e ter predominância do sorotipo DENV-2. O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses.

A escolha de públicos-alvo e regiões é feita, segundo o Ministério da Saúde, por conta da capacidade limitada de oferecer doses por parte do laboratório fabricante da vacina. A primeira remessa, com 757 mil doses chegou ao Brasil no último sábado (20). Serão 1,32 milhão de doses nesse primeiro lote. Para fevereiro, há outra entrega prevista, desta vez com 568 mil doses. Ao longo do ano, segundo a pasta, a previsão é que 5,2 milhões de doses sejam oferecidas. A lista dos locais selecionados prioritariamente pode ser consultada no site do ministério.

O número de pessoas infectadas pela dengue no Rio Grande do Sul teve aumento explosivo de 855% nas primeiras três semanas de 2024. Foram 602 casos confirmados, contra 63 pacientes no mesmo período do ano passado. O número é o mais elevado desde o início da série histórica, em 2015. O Estado, no entanto, não cumpre todos os requisitos para distribuição inicial dos imunizantes, conforme previsto pelo Ministério da Saúde.

Mesmo sem uma previsão para a chegada de imunizantes em solo gaúcho, a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Tani Ranieri, afirma que a pasta manterá o foco em ações de combate à dengue e está desenvolvendo estratégias para lidar com a situação.

— As ações elas continuam, e independem da entrada do imunizante aqui para nós no estado do Rio Grande do Sul. Todas as ações que a gente já está desenvolvendo e planejando para ocorrer, na verdade, durante esse período agora que já iniciou né. Iniciou o período de maior incidência de caso nós já estamos com a presença de casos aqui no estado do Rio Grande do Sul principalmente no noroeste do estado de uma maior concentração até porque essa vacina não contempla idosos ela vai até 60 anos de idade. E para nós aqui o principal grupo etário de maior vulnerabilidade que tem evoluído com gravidade hospitalização e até mesmo óbito são as pessoas com mais idade.

Tani acrescenta que é necessário trabalhar para conscientizar a população para procurar assistência e também a rede de saúde para fazer diagnósticos. Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), a elevação dos casos é explicada principalmente por dois fatores. O primeiro são as condições climáticas e o El Niño, pois as chuvas frequentes, seguidas de calor, facilitam a multiplicação do mosquito Aedes aegypti.

O imunizante da empresa Takeda está disponível na rede privada, em clínicas e farmácias, desde o início do segundo semestre do ano passado. O valor varia de acordo com o estabelecimento que comercializa o produto.

GZH

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