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Quem nunca acordou se sentindo com pouca disposição ou com muito cansaço? Essas sensações podem ser percebidas por qualquer pessoa, só não devem se tornar comuns na rotina diária. Existem diversas causas para isso, como os problemas e agravos de saúde. Mas os hábitos diários também podem exercer uma grande influência na sua disposição.

Quais fatores estão relacionados à sensação de cansaço?

Alguns dos fatores mais comuns que contribuem para uma maior sensação de cansaço ou de indisposição estão relacionados à alimentação, ao sono e a outros comportamentos do dia-a-dia que podem ser modificados. Uma noite mal dormida, com quantidade de sono insuficiente, é um exemplo do que pode prejudicar a disposição no dia seguinte. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas, o uso de tabaco, assim como a ingestão de alimentos ricos em açúcar ou carboidratos refinados também podem diminuir a disposição. Nesse último caso, esses alimentos possuem alto índice glicêmico, ou seja: o organismo vai precisar liberar grandes quantidades de insulina (hormônio que leva o açúcar que está no sangue para as células do corpo) a fim de manter equilibrados os níveis de glicose (açúcar) no sangue. O estresse e o comportamento sedentário também são fatores que contribuem para que as pessoas se sintam mais cansadas ou indispostas. De acordo com Eduardo Kokubun, professor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, seja pela pressão do dia a dia, pelo trabalho em excesso ou mesmo em razão da pandemia, que agravou bastante os problemas emocionais, muita gente tem tido a sensação de estar “perdendo a corrida para a vida”.

Esse aumento da ansiedade e do estresse contribui muito para a sensação de cansaço. Mas, segundo Eduardo, é importante tomar algumas medidas para diminuir a indisposição de uma forma geral e estar em movimento é uma delas. Pode parecer até contraditório, já que praticar atividade física provoca gasto de energia corporal. Mas é comum que, após a prática, as pessoas se sintam revigoradas e mais dispostas.

Como a atividade física contribui para deixar as pessoas mais dispostas e com mais energia?

O professor explica que a atividade física provoca diversas sensações prazerosas e que existem várias transformações que acontecem no organismo durante a prática de atividade física. Uma das mais conhecidas é liberação da serotonina e das endorfinas, que são hormônios que trazem a sensação de prazer e bem-estar.

“Na verdade, são mecanismos que fazem nosso cérebro ligar esse lado mais prazeroso da vida. Quando a gente termina de fazer uma atividade física, tem essa sensação de que as coisas ficaram melhores e mais prazerosas. A gente sorri mais”, afirma o especialista.

E, a longo prazo, os benefícios são ainda maiores. Isso porque, quando a atividade física é feita de forma regular, o corpo vai se adaptando e tendo a sensação de estar superando obstáculos. A disposição física melhora, os músculos se adaptam a fazer contrações mais fortes, o coração melhora a capacidade de bombear mais sangue. Tudo isso proporciona a capacidade de fazer movimentos cada vez mais intensos e mais prolongados. Essa sensação de estar superando algum desafio ajuda a ter a percepção do sentimento de sucesso.

“Do ponto de vista mental, vencer um desafio vai melhorando a autoestima, eu me enxergo melhor e mais capaz. Além disso, o cérebro como um todo começa a funcionar melhor. Isso vai afetando as capacidades de raciocínio e também aumenta a sensação de prazer. De uma certa maneira, é como se fosse um meio que ajuda a diminuir a ansiedade e a depressão. Essas coisas acontecem quando a gente pratica a longo prazo”, explica o professor.

Mas, para que seja possível experimentar tudo isso, é preciso estar atento a uma condição: os motivos para a prática e o tipo de atividade física escolhida. Praticar atividade física por obrigação é uma forma de reproduzir as tensões que provocam indisposição e estresse. Qualquer atividade traz benefícios, desde que você se sinta bem, esteja confortável e seja capaz de realizar A constância está diretamente associada ao bem-estar vivenciado e ao interesse pelo tipo de atividade. Assim, os benefícios vêm como consequência.

Em tempo: consulte o Guia de Atividade Física para a População Brasileira

Produzido pelo Ministério da Saúde, o Guia de Atividade Física para a População Brasileira incentiva a prática regular de atividade física e demonstra como manter uma vida fisicamente ativa em diferentes momentos. Dividida em oito capítulos, a publicação aborda a prática de atividade física em vários contextos, grupos e ciclos de vida, além de trazer recomendações sobre a quantidade, a intensidade e exemplos de atividades aeróbias, de força e de equilíbrio, com indicações para um estilo de vida ativo. Acesse agora para consultar informações e recomendações específicas para crianças de até 5 anos, crianças e jovens de 5 a 17 anos, adultos e idosos, gestantes e mulheres no pós-parto, pessoas com deficiência e para a educação física escolar.

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