Todo mundo conhece aquela pessoa que come muito, mas aparentemente nunca engorda. Conhecida como o ‘falso magro’, ela desperta muito curiosidade dos indivíduos do por que isso acontece.
Mas qual é exatamente a definição de “falso magro”? O “falso magro” é um termo que se refere às pessoas que possuem um percentual de gordura elevado, mas não estão necessariamente acima do peso.
Na sua maioria, esses indivíduos não brigam com a balança, isso porque, eles têm peso adequado para sua estatura de acordo com Índice de Massa Corporal (IMC), porém, a distribuição desse peso não está adequada.
Segundo Carolina Schäfer, Nutricionista Clínica e Esportiva, o perfil de um falso magro geralmente segue um padrão. “Usualmente são pessoas com membros superiores e inferiores ‘finos’ e com maior concentração de gordura na região abdominal”, diz.
Entre as características desta condição, ainda estão a dificuldade para ganhar massa muscular e o acúmulo de gordura em algumas regiões, sobretudo, na região abdominal. Contudo, o problema do falso magro pode não ser apenas estético.
Apesar do que a grande maioria pensa, ser um falso magro pode sim trazer riscos à saúde. “Principalmente a longo prazo”, frisa Carolina. “Nesses indivíduos, aumentam os riscos de desenvolver uma doença crônica como Diabetes Mellitus, Doenças Cardiovasculares, Hipertensão, Esteatose Hepática e entre outras”.
Mas afinal, o que pode levar alguém a ser um falso magro?
A Nutricionista comenta que os três principais fatores que podem levar uma pessoa a se tornar falsa magra são:
● Sedentarismo: Indivíduo sedentário é aquela pessoa que não realiza ou realiza praticamente nenhuma atividade física, não tem um gasto calórico significativo.
● Má alimentação: Caracterizada por excessos, com alto consumo de produtos industrializados, ricos em açúcares, gorduras e aditivos, pobre em nutrientes, as chamadas calorias vazias, consumo reduzido de frutas e verduras. Vale lembrar que a alimentação saudável em excesso, sem distribuição adequada de macronutrientes também pode favorecer esse quadro.
● Genética: Alguns indivíduos têm predisposição ao acúmulo de gordura na região abdominal.
Entretanto, é possível sair dessa condição. A Nutricionista explica que para deixar de ser um falso magro, é fundamental adotar um estilo de vida saudável que inclua bons hábitos alimentares, a prática regular de exercício físico tanto aeróbico quanto resistido, manejo adequado do estresse e sono de qualidade. “Uma vez que não se pode mudar a genética, resta apenas a opção de mudar o estilo de vida. A genética carrega a arma, mas é o estilo de vida que puxa o gatilho”, ressalta.
Visto isso, mais uma vez, A alimentação saudável entra em cena e reflete a sua grande importância. Vale sempre destacar e priorizar em sua vida uma dieta rica em nutrientes. “A reserva adiposa, a gordura, é considerada pelo nosso corpo uma energia de reserva, é por meio da alimentação que constituímos ou eliminamos essa reserva. É primordial manter uma alimentação equilibrada, com uma ingestão adequada de carboidratos, proteínas, gorduras, fibras e água”, finaliza a Nutricionista Carolina Schäfer.