É incontestável que envelhecer é um processo natural. O ciclo da vida é composto por esse fator e todos os indivíduos irão passar por isso. A longevidade esteve, pelo menos em algum momento, na roda de conversa de todo mundo. Há pessoas que possuem medo, outras que não querem viver tanto, como aquelas que esperam poder estar vivo até completar um século.
Entretanto, seja qual for a visão sobre a ação de envelhecer, saber de algum indivíduo que tem mais de 100 desperta a curiosidade e entusiasmo. É o caso de João Delmar de Souza Vaz, morador do Bairro Cruzeiro de Santa Rosa, que em dezembro deste ano, mais precisamente dia 14, irá fazer 110 anos de vida.
Antigamente, registrar a pessoa no exato instante em que nasceu era muito difícil, principalmente para quem morava em lugares mais isolados, assim, era comum que essa prática acontecesse mais tarde. No caso de João, não foi diferente, e, além disso, diminuíram 6 anos de sua idade. Em sua identidade, o ano condizente é de 1915, porém, o correto é que fosse 1909. A explicação se resume em João ingressar no quartel, em que sua idade certa seria 26, mas no papel, entrou com 20.
João é natural de São Luiz Gonzaga e veio para Santa Rosa a 23 anos atrás. Foi casado 47 anos com sua esposa, que faleceu há 9 anos, com 92 de idade. João, na verdade, não teve filhos biológicos, mas ajudou e criou com sua esposa. Assim, são 7 filhos criados, 48 netos, 59 bisnetos e 2 tataranetos. Atualmente mora com um de suas netas, Valdirene Eunice da Silva Vieira e seu esposo Valdir de Oliveira Vieira, junto com os bisnestos Jonatas da Silva Vieira e a Kálita Raissa Da Silva Vieira.
Um dos segredos para viver tanto, sem dúvidas, é não deixar de ser um indivíduo ativo. Encontrar atividades que faz bem para a própria pessoa ajudam, e muito, para esse caminho de longevidade.
Seu João, por exemplo, sai caminhar todos os dias de manhã, fazendo aproximadamente umas 4 quadras. Enquanto anda na rua, junta lixo, leva as sacolas de lixo para a lixeira, gosta de sentar em frente à casa e ir na igreja. A instituição que ele frequenta é a Igreja Assembleia de Deus e quando chega em casa, dobra o joelho e ora.
Apesar de algumas complicações que fizeram com que João use um coletor de urina, ele não possuiu nenhuma doença, nem colesterol, diabete e sua pressão sempre está normal, como também nunca precisou usar óculos, além de tomar banho e como outros hábitos sozinho, sem nenhum vício.
É muito gratificante ter pessoas que viveram mais um de século e que ainda estão cheia de vida para dar e vender. São indivíduos repletos de experiências e histórias, que passaram por todas as fases da vida e presenciaram mudanças significativas na sociedade. Conviver, conversar e interagir é de fundamental importância, não só para eles, mas para quem se comunica, pois a aprendizagem, quanto de mundo e pessoal, é enorme.