A Câmara Municipal, por sugestão do vereador Vitor de Conti, na segunda-feira, 30, abriu espaço para que o Frigorífico Alibem, através do seu diretor Fabrício Ruschel, e Lígia Linck Lagemann, presidente da ACISAP, e o diretor da entidade Cássio Feltes expusessem os riscos aos quais o país está exposto mediante o surto de peste suína africana, doença que já está presente na República Dominicana (América Central).
“O alerta é a todos os brasileiros, porque se a peste chegar ao Brasil teremos prejuízos imensos à economia. Um caso, apenas um, e todas as nossas exportações ligadas aos suínos vão por água abaixo”, observou o vereador Vitor.
As instituições e entidades que representam as cadeias da suinocultura e agricultura estão preocupadas e emitindo alertas. A presidente da ACISAP, Lídia Lagemann, começou sua fala lembrando a importância que o setor suinícola tem na região Noroeste do Estado. “Somente o Alibem tem
800 produtores integrados, 4 mil trabalhadores diretos, gera renda a 16 mil pessoas, sem contar todo o impacto na cadeia produtiva de grãos”, mencionou a líder empresarial. Ela mencionou os focos da peste suína africana na China, em 2018, que levaram à eliminação dos rebanhos naquele país. Também sinalizou que a ACISAP deve promover um Almoço de Ideias, em setembro, com foco nesse tema, tal sua relevância.
Já o diretor do Alibem, médico veterinário Fabrício Ruschel, trouxe um apontamento financeiro extraído de informe dos EUA. “Se a peste chegar ao Brasil, as estimativas de perdas são de 25 bilhões à economia em apenas um ano. Por isso, é vital a conscientização”, alerta ele.
Fabrício enfatiza que as autoridades sanitárias do país estão atentas à movimentação internacional, agindo em portos e aeroportos, mas é necessário que todo cidadão tenha consciência dos riscos, especialmente em viagens ao exterior, lembrando que vivemos em uma região de fronteira.