A lágrima, ou filme lacrimal, é bastante importante para as pessoas, e não serve apenas para chorar. É um líquido produzido pelas glândulas lacrimais, composta por água, sais minerais, proteínas e gordura, com a função de lubrificar, limpar e proteger o olho das agressões causadas por substâncias estranhas ou micro-organismos.

Porém, existe a síndrome do olho seco, ocasionada, geralmente, em pessoas mais velhas e do sexo feminino, tendo maior tendência de acontecer no verão. A síndrome do olho seco, ou ceratoconjuntivite seca, é uma doença caracterizada por deficiência da camada aquosa do filme lacrimal ou por uma evaporação acelerada da lágrima.

Segundo André Simoni de Jesus, Oftamologista, portadores de doenças como Síndrome de Sjogren, artrite reumatóide e lúpus eritematoso sistêmico apresentam uma chance aumentada de desenvolver o problema. Os principais sintomas são queixa de prurido, ardência, sensação de corpo estranho nos olhos e fotofobia, além da visão ofuscada, que também pode ocorrer.

André de Jesus também evidencia alguns fatores que podem piorar os sintomas, tais como:

– esforço visual prolongado, uma vez que quando se está mais concentrado em alguma atividade e acaba piscando menos, deixando consequentemente, o olho menos lubrificado (trabalhar no computador, ler, dirigir, assistir televisão…);

– ficar exposto a ambientes secos principalmente no verão, quando, pelo aumento natural da temperatura aumenta a evaporação da lágrima, mas também pelo uso de aparelhos de ar condicionado que diminuem ainda mais a umidade do ambiente;
* uso de algumas medicações, como por exemplo, alguns antidepressivos e anticoncepcionais orais.

O diagnóstico é feito na consulta oftalmológica, através do relato dos sintomas do paciente e do exame do filme lacrimal e o tratamento consiste basicamente no uso de lágrimas artificiais e se afastar dos fatores que agravam a doença.