O Sindicato dos Metalúrgicos realizou na terça-feira (28) pela manhã, assembleia extraordinária com os funcionários da Agco.
Os metalúrgicos aprovaram com 91% de aceitação a proposta de redução de 50% dos salários e também da jornada de trabalho, com garantia de emprego por 90 dias.
A medida se enquadra na Medida Provisória (MP) 936/2020 que regulamenta as regras para recebimento do benefício emergencial. A MP possibilita reduzir jornada de trabalho e salário, por até 90 dias; ou a suspensão do contrato de trabalho, por até 60 dias.
As reduções de salários podem ser de 25%, 50% e 70%. Na redução de jornada, o governo paga o mesmo percentual do corte (25%, 50% ou 70%) calculado sobre o seguro. Na suspensão de contrato, o governo paga 70% do seguro, em caso de empregados de grandes empresas, ou 100%, em caso de trabalhadores de pequenas e médias companhias.
O pagamento do benefício, denominado de Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), será pago em 30 dias e após a comunicação do acordo pelo empregador ao Ministério da Economia. Caso contrário, o benefício somente será pago ao trabalhador em 30 dias após a data da informação.
O presidente do sindicato João Roque dos Santos, citou o ditado popular “vão-se os anéis, mas permanecem os dedos”, em uma alusão à importância da garantia dos empregos mesmo com redução de salários.
A Agco do Brasil emitiu nota afirmando que reduzirá temporariamente a jornada de trabalho nas suas unidades fabris das cidades de Canoas (RS), Santa Rosa (RS) e Mogi das Cruzes (SP). “A companhia está utilizando das medidas emergenciais trazidas pela Medida Provisória 936 que permite a redução de jornada de trabalho e salário (com o respectivo pagamento do benefício emergencial pelo Governo Federal), com o objetivo de manutenção do emprego e renda dos seus empregados, garantia da continuidade das suas atividades laborais e empresarias e minimização dos impactos sociais decorrente do estado de calamidade pública. Os acordos de trabalho foram negociados com os sindicatos de cada localidade. As fábricas de Ibirubá, Passo Fundo e Marau (RS), permanecem operando em tempo integral” – diz a nota.
AFINAL ASSESSORIA DE IMPRENSA
GERSON RODRIGUES