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MAS QUE SUSTO TCHÊ!

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Estou chegando em casa, retornando com alta do Hospital Vida & Saúde, onde estive internado durante sete dias. Tudo começou quando dia 25, fim de tarde, em companhia da Nívea, com dores insuportáveis, que eu pensava ser muscular, procuramos a UPA. Já à noite, o primeiro susto; coube ao Dr. Chavi, médico atencioso e acostumado na lida, quando se trata de atendimento de urgência, dar-me a notícia: ‘Sr. Paulo, o senhor está com um quadro que inspira muitos cuidados e sugere internação rápida: pneumonia.’ Fiquei aguardando em uma ampla sala com os demais pacientes que esperavam também pelo seu diagnóstico, enquanto Nívea providenciava a minha baixa. Foi nesse momento, ainda na sala de espera da UPA, onde sobrevivi ao segundo susto: ‘paciente com 79 anos, hipertenso e com o quadro de pneumonia, é só um estalar de dedos e ele passa para a outra dimensão’, sentenciou o bem humorado do Dr. Chavi’.

Mas aí, lembrei-me do JORNAL, desta coluna, da minha biografia, ainda em fase de conclusão, do grupo de chorinho, da minha neta Bruna, dos meus netos Antônio e Henrique, do nosso escritório de advocacia, dos nossos clientes e de inúmeras outras coisas que me empolgam e me fazem acordar todas as manhãs mais feliz e animado e resolvi contrariar aquela macabra estatística do médico assistente. Pensei: ‘vou mostrar ao esculápio que eu saio daqui, até o fim da semana, com 79 anos, hipertenso, com o pulmão livre da infecção’. E foi o que aconteceu meus irmãos, hoje, terça feira, estou escrevendo a coluna com raro entusiasmo, mas antes contarei sobre o que é uma dor no pulmão (estou falando de um dos pulmões) provocada por uma pneumonia.

A dor é lancinante, até para respirar dói, e os sedativos não resolvem muito. À noite agente tem medo de se virar na cama, medo da dor; achei que iria para a morfina mas graças a Deus não foi preciso. O que fica dessa experiência meus leitores? Primeiro, a vulnerabilidade do ser humano que em questão de horas pode se transformar num dependente, sem utilidade; depois, a nossa receptividade ao carinho, ao afeto, ao amor. Mais do que o remédio, foram as abnegadas enfermeiras (aí compreendidas as técnicas de enfermagem, as auxiliares e as enfermeiras com tal titulação, que a partir das primeiras horas do dia levantavam a minha moral dispensando-me o melhor tratamento, com paciência e carinho. Pura vocação para o mister! Não raras vezes o orgulho tomava conta de mim, orgulho por ter sido presidente daquela Casa de Saúde, referência mais do que regional para outros estabelecimentos do gênero.

Passei por unidades supridas por equipamentos de ultima geração, da eletrônica, do átomo, por estruturas que desafiam a engenharia civil, tudo gerido por um pugilo de beneméritos cidadãos voluntários. Impressionou-me a utilização de plataformas e aplicativos nos celulares das atendentes, ora conferindo a medicação, ora constatando o emprego correto da medicação ao paciente. As enfermeiras passam cruzando dados permanentemente com seus smart fhones. Era digital pura em um hospital! Que orgulho!

Então, meus irmãos, trouxe dessa experiência de uma semana internado, a assertiva de que a tecnologia, aliada à vocação para servir, ao carinho, ao afeto e ao amor podem salvar um paciente e podem, porque não dizer, salvar o mundo. E uma coisa é certa, pode contrariar ainda, a estatística do Dr. Chavi, demonstrando que um paciente com 79 anos, hipertenso e com infecção pulmonar, se gostar da vida pode permanecer nesse plano por mais alguns anos.

Até sábado.

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