Chega de desgraças

Chega de desgraças

Vivemos de ressaca. Uma hora é a Covid-19, depois a Ômicron, o aumento dos combustíveis, da carne, dos medicamentos, a roubalheira dos políticos, e agora essa guerra entre Rússia e Ucrânia, que trará reflexos negativos para o mundo inteiro. É uma guerra quase sem causa, sem razão. É porque o Putin quer recuperar a relevância internacional, sair do rebaixamento. E o cínico desse presidente ainda tenta justificar essa guerra. Apenas o ímpeto expansionista justifica a invasão do territóriio da Ucrânia, o resto é falácia. Esquece ele que na guerra ninguém é vencedor, todos serão perdedores. Se o homem não aprende com a paz, não vai aprender nas batalhas. Os horrores da barbárie estão explícitos nas imagens que vemos todos os dias. Cidades cinzas, desertas, com alguns zumbis andando em busca talvez de água, de uma migalha de pão, de um abrigo contra o frio, fugindo de um fuzilamento. Prédios desmoronados, escolas, creches, hospitais maternidades, de tratamento do câncer, albergues, asilos, paredes com buracos de balas.

Esse filho da Putin deve ser condenado por crimes de genocídio, é um imperativo moral de justiça às vítimas. A prova é de que matou mais civis do que militares. Revela-se o prazer pela morte. Mesmo injustificada. Não fosse esse cidadão ter subido ao poder nada disso teria acontecido. Sim, porque o ladrão, e o assassino já nascem prontos, basta surgir a oportunidade. A ocasião faz o furto; o ladrão já nasce feito. Assim como o rato. Essa invasão é imperdoável. Ver na TV todos os dias pessoas despedaçadas, nos mostra quanto impotente somos frente a barbárie humana. Mas pelo menos não podemos permanecer passivas e ignorantes, precisamos nos informar para discutir, oferecermos nossa opinião, repudiar os fatos. Observo que o povo ucraniano luta ferozmente, resiste, mesmo em absoluta inferioridade numérica e armamentista. Estão dispostos a morrer pela sua liberdade. Sabem que se perderem a guerra nada mais lhes resta a não ser a submissão ao regime russo. Daí a resistência feroz à invasão.

Marcante o fato de que o Presidente dos Estados Unidos ofereceu transporte e acolhida em seu país para o Presidente ucraniano, Zelenski. Este respondeu:—Não preciso de carona, preciso de munição e armas para defender meu país. Esse merece o rótulo de herói, o russo, de pária, covarde. Observem suas feições. Não ri, não contém expressões faciais. Foi membro da KGB, a temível Polícia Secreta russa, conhecida pelo uso da tortura, violência, assassinatos. É graduado e doutorado em astúcia. Ultimamente ele estava sendo acusado por irregularidades com as finanças russas. Dizem, fontes seguras, que ele vive em um complexo de luxo avaliado em um bilhão trezentos e cinquenta milhões de dólares. Lá se encontram cassinos, piscinas, igreja, adegas, boate, cinema, saunas e outras pequenas benesses. Enquanto isso o socialismo russo oferece ao povo trabalho árduo, controle estatal, regime forte, vida frugal. A guerra afasta um pouco a atenção dos desvios de conduta do Presidente.

O certo é que ninguém sabe como vai terminar essa guerra. Mas é certo que a Ucrânia não pode perder. Se isso ocorrer, desaparece. A ex Ministra de Israel, Golda Meir, já dizia que se os árabes baixarem as armas, haverá paz; se os israelenses baixarem suas armas, deixarão de existir. Os ucranianos lutam para não deixarem de existir como Estado, como sociedade, como povo. São infinitamente mais fracos, como já falamos. Mesmo assim Putin os escolheu como o inimigo de plantão. Ele já havia dominado a Criméia, Belarus e outros. Putin elegeu Ucrânia com um inimigo forte. Especialistas em guerra já disseram que se não tens um inimigo poderoso, inventa-o. Afinal a grandeza de um país se mede pela dimensão de seus inimigos.

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