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A obscuridade entre o real e o irreal

A obscuridade entre o real e o irreal

Analisar a situação de governabilidade do meu país incomoda mais que sapato apertado. Estou otimista quando ouço o canto dos pássaros no meu campo mas pessimista quando ouço ou leio as manifestações das autoridades que governam meu Brasil.

Fiz minhas reflexões e cheguei a conclusão de que, como disse o grande economista Roberto Campos, que foi Ministro do Planejamento, professor universitário, escritor, diplomata: O Brasil não corre o menor risco de dar certo. Levei trinta anos para dar razão ao gênio. Ele fazia suas narrativas após vivenciar suas experiências, observar o meio político e adicionar fortes camadas de imaginação. Foi um arquivo vivo. Tenho um livro de sua autoria, Lanterna na Popa, já o li três vezes. O economista conseguiu diversos desafetos por não se calar. Não conseguia ficar indiferente á hipocrisia moral que já existia no seu tempo, repudiava as asneiras que eram ditas e feitas nas altas esferas de governo. Não conseguia ficar isento ou alienado com as barbaridades executadas em nosso solo. Ao fim da vida era um sábio, com saber acumulado. Tantos invernos o fizeram conhecer os segredos dos dias e das noites do poder. Sobre seu livro, dizia que “o pensamento é como uma gaiola cheia de palavras”. Escrever seria como libertar o espírito, voar, levar seus conhecimentos pelo vento, a quem demonstrasse interesse. Certa vez ele citou a Bíblia, João 10:10, inspirado em falar sobre a Teoria da Prosperidade. O uso do amor divino. Para que todos tenham vida e vida em abundância. Ou seja, quanto maior o dízimo, maior o sucesso financeiro. Do pastor. No meio político não é muito diferente. Ouso debochar da canalhice nacional, gosto de rir das falsas aparências, do fingimento, das mentiras deslavadas, da difundida retidão moral. A busca do enriquecimento pessoal está presente em muitos políticos. Com discursos cujo teor são o amor ao próximo, a solidariedade, o combate à miséria, à fome, pratica-se a liberação do lucro desenfreado dos banqueiros, dos grandes empresas, estipula-se o maior imposto do mundo, o IVA. Tributam-se até as blusinhas, a cerveja do fim de tarde do trabalhador. Quanta incoerência! Hipocrisia. Sempre foi assim. Políticos tradicionais há anos enganam o povo. Têm muito mais defeitos que virtudes. Dar poder aos lobos pode significar a morte das ovelhas. Ministro demitido Sílvio Almeida, dos Direitos Humanos. Julgava ele que assediar sexualmente mulheres era um “direito humano” seu. Antes, Daniela Carneiro, Ministra do Turismo, foi demitida após denúncias de manter vínculos com as milícias no Rio de Janeiro. Os comentários do episódio do tarado Almeida já circulavam há mais de ano em Brasília mas as atitudes do governo foram ricas em platitudes, próximas da solidariedade. A postura das autoridades foi de “isso não importa ou importa pouco”. A demissão foi num momento impostergável. Mas tardio. Nenhuma novidade no front! E a postura do governo com a ditadura de Maduro, o assassino? A mesma de sempre. A postura da diplomacia que apoiou o grupo terrorista Hamas. Com relação á Venezuela nosso Presidente disse: É preciso respeitar os laços de amizade com aquele país. E o povo daquele país, Sr Presidente? Sendo assassinado a cada dia. Preso, torturado, desaparecido por ordem do sanguinário ditador Maduro, amigo do nosso Presidente.


E continuamos ouvindo discursos que falam dos Direitos Humanos. Só peço uma coisa: não coloquem a culpa pelas coisas erradas, em Deus. Quando os povos entram em guerras, lembrem-se que Deus não fez os canhões, os aviões de guerra, os mísseis, as granadas. Os homens as construíram para se destruírem. Deus fez os homens pacíficos mas esses se tornaram hienas, feras, predadores. O mal moral que impera sobre a terra, o abuso de poder, o terror imposto aos mais humildes é fruto de humanos. Façamos tudo o que pudermos para escolher bem nossos governantes. Dai-lhes o poder e conhecereis o homem!

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