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Vivir para contarla

Vivir para contarla

O título acima é de uma obra do magnífico escritor colombiano, Gabriel Garcia Marques, meu escritor favorito, autor de uma obra prima da literatura americana, Cem Anos de Solidão. Com o título introduzo este modesto texto sobre a visita do Presidente da República à nossa região, no último sábado. Foi tão grandioso o espetáculo que quero viver para contar aos meus netos, aos meus amigos. Aconteceu a visita do Presidente e comitiva, antes desfilando pela cidade acompanhado de motociclistas apoiadores. As pessoas se concentravam ao longo das ruas por onde a comitiva passou. Milhares de pessoas. No início da tarde ele chegou ao Parque. A palavra que julgo se encaixe ao que vi, seria “comoção”. Milhares de apoiadores se concentraram no Salão de Eventos, onde autoridades fizeram uso da palavra. O prefeito anfitrião, Anderson Mantei, emocionado, agradeceu pelo gesto de grandeza do Presidente em prestigiar a Fenasoja. Disse que a missão era fazer da nossa casa a sua casa. Quando Bolsonaro falou, a cada frase era aplaudido, aclamado com um entusiasmo incomum.

               Estou numa idade em que não escrevo nem digo coisas apenas para fazer média, Ou gosto ou não gosto. Não devo satisfação à ninguém. Mas o que vi lá fala por si. A interatividade entre o público de simpatizantes e o ator principal foi emocionante. Essa relação consruiu o espetáculo. Vibração, ação e reação automática. A cada frase o público explodia em aplausos e aclamações. Cem mil  pessoas esperaram por até nove horas para verem de perto e aplaudirem  o Presidente da República, com postura educada, comportamento exemplar, pacientes.  Estavam ali porque gostam de ficar perto do seu dirigente. Era a expressão de uma alma coletiva, um espetáculo festivo, harmonioso, a comunhão existente.

               A Sociologia e a psicologia estudaram  manifestações do gênero. Estudaram  sobre a discussão da interação de público e atores, o estabelecimento da comunicação. Ninguém colhe o que nunca plantou. Ninguém é aplaudido com tanto entusiasmo porque fez falcatruas. O entusiasmo e o comportamento do grupo é afetado pelo comportamento do indivíduo que comanda o espetáculo, pela figura central que está no palco. Se o orador não tem carisma, produz apenas um monólogo, não se estabelecem mensagens trocadas, não se ouve aplausos. Nas ruas do Parque da Fenasoja, milhares de pessoas esperavam a chance de fazer uma foto, como a Giselli fez, ficar perto do seu líder. Ao relento do Sol, idosos, mulheres, homens, adolescentes, crianças não se decepcionaram. As cinco horas o Presidente foi retirado compulsoriamente pelos assessores pois outros compromissos o esperavam.

               O último Presidente a se fazer presente na Fenasoja foi João Batista Figueiredo, há quarenta anos. Bolsonaro fez história. Deixou a imagem indiscutível de um verdadeiro líder  popular. Articulado, simples. Em seu discurso se mostrou um homem culto sem ostentação. Humilde, não se auto intitula descobridor do Brasil, inventor da raíz quadrada nem do ovo frito.

Conversei com lideranças regionais, como o Coronel Ribas, o Dr. Hélio. A impressão que tiveram coincidiu com a minha: impressionante a recepção ao candidato que tem apenas cinco por cento da intenção de votos. A história é linda. Quero vivir para contarla.

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