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A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) detectou a presença do mayaro no Estado do Rio de Janeiro, vírus da mesma família do chikungunya, que causa sintomas similares e tem um potencial ainda maior de provocar uma epidemia.

Isso porque, diferentemente do chikungunya, foi demonstrado em laboratório que ele também pode ser ser transmitido pelo pernilongo comum (Culex), além do Aedes aegypti. O vírus também infecta o mosquito Haemagogus, o mesmo da febre amarela, podendo proliferar-se em matas, além do meio urbano.

A presença do vírus no Rio de Janeiro foi confirmada por meio de exame molecular, o chamado PCR, em pacientes com suspeita da doença na epidemia de chikungunya de 2016. Foram confirmados três casos em Niterói.

“A atual epidemia de chikungunya no Rio de Janeiro está terrível, com muitos casos e muitos casos graves. Em muitos deles, não se consegue fechar o diagnóstico de chikungunya. Será que o mayaro está por trás disso?”, questiona o médico virologista Amílcar Tanuri, chefe do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, que identificou o vírus.

O Estado do Rio de Janeiro registra 26 mil casos de chikungunya, de acordo com o último boletim, de 14 de maio, da Secretaria Estadual da Saúde.

O mayaro foi descrito pela primeira vez em 1955 em Trinidad e Tobago e, no ano seguinte, em Belém do Pará, no Brasil. Segundo o pesquisador, desde então têm sido registrados casos esporádicos no Brasil, como seis casos em Goiânia seis anos atrás. “A maior epidemia de marayo ocorreu na Venezuela em 2010”, afirma.

No Rio de Janeiro é a primeira vez que ele parece. “O que mais nos preocupa é que detectamos esse vírus na epidemia de chikungunya de 2016 e conseguimos identificar esses três casos. Nossa pergunta é: nessa epidemia atual de chikungunya, será que ele está aqui? É preciso começar a investigar”.

O médico virologista explica que o mayaro não é mais grave que o chikungunya. Os sintomas são dor nas articulações, febre e cansaço. “Na Venezuela, houve casos de encefalite relacionadas ao mayaro, mas, de uma forma geral, não é mais grave que o chikungunya”, diz.

Segundo ele, o primeiro passo, neste momento, é realizar uma força-tarefa para verificar se o mayaro continua provocando casos humanos nessa atual epidemia. “Não é fácil diagnosticá-lo. Na sorologia, pode ser confundido com chikungunya, por isso a exigência de testes moleculares”, explica. “O problema é que só se consegue fazer isso na fase aguda da doença”.

Fonte R7

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