Medições realizadas pelo Laboratório Físico Nacional do Reino Unido mostram que a Terra está girando mais rápido do que era há meio século e isso tem tornado os dias mais curtos.
O dia 29 de junho deste ano foi o mais curto já registrado desde o início das medições. Isso porque a Terra levou 1,59 milissegundos menos de 24 horas para realizar o movimento de rotação (quando o planeta gira em torno do próprio eixo no sentido oeste para leste).
O último recorde era do ano de 2020, no qual, segundo o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST), a rotação da Terra acelerou ao ponto de quebrar 28 vezes o recorde anterior de dia mais curto, registrado em 2005. O dia mais curto de 2020 foi 19 de julho, quando o planeta completou sua rotação 1,4602 milissegundos mais rápido do que a média de 86.400 segundos.
De acordo com o site Space, o Tempo Universal Coordenado (UTC), o método oficial de cronometragem internacional, é baseado em relógios atômicos, que medem o tempo pelo movimento dos elétrons em átomos que foram resfriados quase que ao zero absoluto. Os relógios atômicos são precisos e invariáveis.
Alguns especialistas defendem que as mudanças climáticas, que provocam o derretimento e o recongelamento das calotas polares nas montanhas mais altas do planeta, podem estar contribuindo com a redução do dia, através do aumento na velocidade de movimento do planeta.
O que acontece se a velocidade da Terra aumentar?
Os cientistas alertam que, se a taxa de velocidade da rotação da Terra continuar aumentando, talvez seja necessário remover um segundo dos relógios atômicos. Essa decisão seria crítica para os sistemas de Tecnologia da Informação (TI), mas ainda é encarada com bastante ceticismo já que a duração da Terra pode estar no mínimo.
De acordo com os pesquisadores da Meta, “pular um segundo” no tempo do planeta geraria repercussões drásticas em infraestruturas de hardware e software que dependem de cronômetros ou agendadores.
Essa situação se assemelha às teorias que surgiram na virada do milênio, onde muitos acreditavam que os computadores não seriam capazes de lidar com os relógios mudando do ano de 1999 para o ano 2000.
Provavelmente, a infraestrutura será o maior problema enfrentado, mas com planejamento, deve-se remover a maioria das questões relacionadas com o relógio e com a data dos computadores.
Via Timedata.com e News.au