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Santa-rosense lança novo estilo musical, o TchêFunk

Santa-rosense lança novo estilo musical, o TchêFunk

O Brasil é abençoado com a diversidade cultural que abrange todos os âmbitos da vida, desde a culinária, vestimenta, feriados, costumes e claro, na música.

Cada estado do país tem um estilo musical próprio, que juntos, englobam todos os gostos e satisfazem as preferências de todos. Todavia, na atualidade, o gênero funk ganha, a cada dia que passa, maior ascensão e se mesclando com a música de cada região. Um exemplo nítido é o funknejo que está estourando as plataformas.

Dessa forma, Pedro Vieira, popular Negobodio, viu uma oportunidade de trazer algo para a região, e para o país inteiro, algo que ainda não existia, o Tchêfunk. Pedro, de Santa Rosa, lançou esse ano seu mais novo projeto, que mistura o funk com o estilo gaúcho, do Rio Grande do Sul.

O criador do TchêFunk sempre esteve envolvido com a arte, em todas as formas, e conta todo seu caminho até chegar na realização desse projeto. “O início da história começa em Santa Rosa. O primeiro contato foi com a dança, na qual faz 12 anos que trabalho com isso. Eu comecei a dançar em 2008, fui evoluindo dentro de um grupo local até que me tornei destaque de bailarino, e a partir desse evento, começou a surgiu alguns trabalhos. Assim foi decorrendo, até que comecei a trabalhar na Argentina coreografando DVD e apresentações de cantores brasileiros no país. Sempre fui dedicado e esforçado, aproveitei minhas oportunidades. No ano de 2012, sai de Santa Rosa e me direcionei para Caxias do Sul estudar dança para uma companhia profissional, fiquei quase um ano, e também foi o ano que comecei a competir sozinho. Dessa maneira, consegui ficar como bailarino destaque no festival Santa Rosa em Dança, e me classifiquei para uma seletiva latino-americana e ganhei. No ano de 2013 fui para mundial de Buenos Aires, fiquei campeão, e depois Bicampeão Latino Americano, concorrendo e competindo solo”, contou Pedro.

Quando começou a ganhar sozinho, ele foi se destacando e assim surgindo várias oportunidades. No ano sucessor, em 2014, teve sua empresa e saiu do Show Time, criando a Rolêprod Produtora Multimídia, uma produtora artística e deu início aos trabalhos direto com comerciais de televisão, participando também três anos consecutivos como garoto propaganda da Hey Peppers, para a Vencal e outras empresas, mesclando dança e produção. Ainda no mesmo ano, foi convidado para trabalhar na Argentina na Festa Das Flores, no estado de Corrientes e foi acompanhado pelo Paulo Borges, um dos primeiros vendedores do Luan Santana e também teve outro empresário de Santa Rosa. No evento, se apresentou para mais de dez mil pessoas, sozinho. Nessa mesma época, ele também já era DJ e já pensava na possibilidade em criar algo diferente e aproveitou para estudar o mercado latino.

No ano de 2015, Pedro gravou um DVD, foi DJ, produtor e dançarino de um grupo chamado La Ruta 66, o DVD que realizaram foi chamado Noite Brasileira, e teve participação do Musical Jm, Rogério Magrão e Banda, Flávio Dalcin e Banda Ouro e Indústria Musical na Cidade de Oberá – Argentina.

No ano de 2016, trabalhou com Gabriel Valim, que estava se lançando no mercado latino americano. Ele foi para Argentina e Gabriel precisava de um artista jovem que interagisse com a galera mais nova. Como Pedro era envolvido com hip hop, fazia parte da produção e ainda era DJ, as coisas se encaixaram e assim foi convidado para abrir o show. Esse foi o primeiro ano em que Pedro cantou. Na época, a novela Avenida Brasil estava estourada na Argentina e o funk estava em ascensão, as músicas que foram tocadas eram “Tá tranquilo, tá favorável”, do Mc Guime, convidou também uma menina que canta cumbia para se apresentar junto, Karina Estrelita De La Cumbia, que cantou Anitta, Tati Zaqui e afins.

Em 2017 acontece outro marco na carreira artística. Ele finalmente decidiu que se jogaria na área da música, porém não gostaria que fosse fazendo cover e sim com suas próprias músicas autorais. Antes de começar a compor, se permitiu aprender e começou a viajar e a produzir artistas independentes, tanto para internet, com videoclipe e fotografia quanto estratégias de marketing. Um dos trabalhos foi justamente com Rogerio Magrão e Banda, com o documentário “RMB na Estrada”, na qual toda a equipe que participou, e ficaram três meses fora com os shows, e Pedro produzindo material para o público, rádio e afins.

Assim, através desse trabalho começou a conhecer mais pessoas importantes, rotinas de estúdio de gravação e outros músicos. Nesse mesmo ano, quando acabou o período de três meses de fazer o filme, já estava em uma transição para Passo Fundo com música sertaneja. Ajudou a produzir o primeiro videoclipe da dupla Junior e Cesar. Hoje estão a nível nacional, trabalhando com o produtor de música Eduardo P4, o mesmo que de Maiara e Maraisa, Marília Mendonça e Henrique e Juliano. Sendo uma experiência incrível para Pedro.

Logo em seguida lançou mais duas duplas sertanejas, sempre trabalhando a produção artística, fotografia, vídeo, material para youtube. No mesmo período que estava com o Magrão, ele também lançou uma Escola de Dança online, chamada Roleprod Dance e isso ampliou mais ainda o que fazia. Parou de lecionar aulas ao vivo, mas continuou na plataforma digital.

E nessas suas andanças, 2016 foi o ano em que teve a ideia de criar um produto e algo diferente do que o mercado estava trazendo. Como dito anteriormente, cada estado tem seu estilo diferente de funk. O Rio de Janeiro, por exemplo, trabalha o 150bpm, São Paulo tem a pegada mais mandelão, mais diferenciada e raiz, além de existir por aí brega funk, arrocha funk, funknejo e etc. Pedro então decidiu misturar esse estilo com algo tradicional do Rio Grande do Sul. Dessa maneira, começou a estudar a música gaúcha. “Quando comecei a estudar eu aprendi que existe um marco que diferencia a gaúcha com o tchêmusic. As músicas mais atuais você percebe que pararam de abordar coisas de campo, lavoura, se aproximando mais da gurizada, pegando a vibe de bailão, formando assim o tchêmusic e o que eu fiz, foi ainda acelerar mais a vaneira. O funk é um estilo bastante hibrido, pois se adapta a qualquer situação. E ele seria o próprio hip hop brasileiro. Nada mais justo que trazer para cá também” diz Negobodio.

Hoje, o tchêfunk é uma mescla do funk mais jovial, com a vaneira e a pegada do tchêmusic. As gírias que Pedro usou para compor são as gírias do Rio Grande do Sul, transformando tudo isso em música. “Do estilo do tchêfunk tenho quatro músicas escritas. A primeira que lancei foi a “Negobodio no comando”, com uma promoção no youtube. Mas a primeira música que escrevi foi o “Passinho do Gaudêncio”. Entre tudo, são canções para trazer alegria, pureza e ingenuidade. O funk tem essa fama de baixo calão, mas não canto palavrões e afins, é um ritmo para todos poderem dançar e se divertir”, fala Pedro. O tchêfunk nasce em 2016 e lança hoje, em 2019. Quando ele teve a ideia, precisou se permitir a estudar, ir para o campo e evoluir. É um artista independente, pois ele faz praticamente tudo e sozinho.

Quando estava em Passo Fundo lançou dois singles de funk, o “Ritmo Latino” e “Desce a Raba”. Mas, para o lançamento do tchêfunk lançou um desafio.

O desafio #negobodionocomando, no caso, é entrar no canal do youtube, baixar a música e gravar um vídeo sozinho, ou com amigos, dançando a música e enviar para o e-mail. Quem fizer isso estará concorrendo a um prêmio de R$1.000,00.

Quem está patrocinando ele são empresas, como o Jornal Gazeta Regional, Cruzeiro Foto e Vídeo, a Barbearia João Paraíba, Valdecir Severo terapeuta e Red Heck Films, que está produzindo a música. A canção já se encontra no canal do youtube “roleprod”, não é a versão final, é uma guia, mas já da para aprender a coreografia, e nos próximos dias estará finalizando outros efeitos.

“O meu maior objetivo é poder inspirar as pessoas para que acreditem em seus sonhos, e não desistam de correr atrás. Tudo que eu faço são coisas simples perto da proporção que as coisas são hoje, eu tenho muita consciência que para estourar na música é muito difícil, é preciso muitas coisas que estão ao redor da música. Precisa pagar para aparecer na televisão, no youtube, produtor, clipe, plataformas e outros. Esse é o meu primeiro ano de música autoral, sou um artista mais conhecido na Argentina do que no próprio Brasil, mas esse ano, quero voltar meu trabalho para aqui”, diz Pedro e acrescenta que toda sua inspiração das músicas reverencia Santa Rosa.

APOIADORES:
Barbearia João Parahyba
Cruzeiro Foto e Vídeo
Rec Films
Vedoi Records
Valdecir Severo

https://www.youtube.com/watch?v=IWU3_V71_74

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