Com níveis de hospitalização por Covid-19 e de internações em leitos de UTI que não eram registrados no mínimo há dois meses, o mapa preliminar da 28ª semana do Distanciamento Controlado, divulgado nesta sexta-feira (13/11), tem 11 regiões do Rio Grande do Sul com classificação de bandeira vermelha, o que representa alto risco epidemiológico.
O número de internados em leitos clínicos chegou, na quinta-feira (12/11), a 914 pacientes, aumento de 22% na comparação com a semana anterior. Houve elevação de 14% de infectados por coronavírus em UTI, o que provocou queda de 11% na disponibilidade de leitos para tratamento intensivo em toda a rede.
Com esse quadro, o indicador que mede a relação entre leitos de UTI livres e ocupados por Covid-19 no Estado recebeu bandeira vermelha, o que impactou as 21 regiões. As macrorregiões Metropolitana, Missioneira e Serra foram classificadas na bandeira preta (risco altíssimo) neste mesmo critério que mede a capacidade de atendimento dos casos que necessitam de tratamento intensivo.
O único indicador que não apresentou elevação foi o de óbitos, com redução de 22%. As maiores variações foram em internados em leitos clínicos confirmados com Covid-19 (aumento de 22%) e registros de hospitalização (crescimento de 17%).
Como consequência – e considerando outros indicadores específicos –, a 28ª rodada do mapa coloca em bandeira vermelha as regiões de Porto Alegre, Guaíba, Canoas, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Capão da Canoa, Santo Ângelo, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa e Passo Fundo.
Três áreas da macrorregião Missioneira (Santo Ângelo, Cruz Alta e Ijuí) já estavam em bandeira vermelha na 27ª rodada. As regiões de Bagé e Erechim, que estavam em amarela, agora se somam às outras oito áreas do Estado em classificação de bandeira laranja.
Das 21 regiões Covid, apenas Uruguaiana, Bagé e Guaíba não aderiram ao sistema de cogestão do Distanciamento Controlado. As outras 18 adotam protocolos alternativos às bandeiras definidas pelo governo – Santa Maria, Capão da Canoa, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Palmeira das Missões, Erechim, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado.
As regiões em cogestão classificadas em bandeira vermelha podem adotar regras de bandeira laranja, e as classificadas em laranja podem adotar protocolos de bandeira amarela, basta que enviem protocolos próprios adaptados à Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios (Saam).
Santa Rosa: de laranja para vermelha
Já com três regiões em bandeira vermelha na 27ª semana, a macrorregião Missioneira agora inclui também Santa Rosa em classificação de alto risco. Impactada pela situação estadual e macrorregional, Santa Rosa registrou avanço nos registros de hospitalizações confirmadas por Covid-19 no acumulado de sete dias: nesta semana, foram 19 casos, e na anterior, dez. A região aumentou de 13 para 15 os leitos de UTI ocupados por pessoas com Covid-19.
Sem leitos livres de UTI na quinta-feira (12/11), Santo Ângelo segue vermelha depois de ver aumentar os casos em tratamento intensivo tanto por Covid-19 (de 17 para 20) e por SRAG (de 20 casos para 24). No acumulado de sete dias, a região subiu para 50 registros de internações pela doença, e na semana anterior, eram 43 hospitalizados.
Embora com pequena variação no acumulado de novas internações em leitos clínicos (no total desta semana foram 14 baixas, dois casos a mais), Cruz Alta segue com crescimento nos leitos de UTI. Por SRAG, foi de 12 para 14 pacientes em tratamento intensivo, e por Covid-19, de 10 para 11. Com isso, a região perdeu três leitos livres de UTI e disponibiliza sete unidades.
A região de Ijuí completa as quatro áreas da macrorregião Missioneira em bandeira vermelha e também registrou aumento na ocupação de leitos de UTI. O total de pacientes com Covid-19 passou de seis para oito casos, e de SRAG, de sete para oito. A situação da região preocupa porque, no último levantamento, eram 37 pacientes em leitos clínicos, e na semana anterior, 30.