Com as eleições municipais chegando, cabe neste momento uma boa reflexão sobre as nossas escolhas em relação às candidaturas disponíveis. Acredita-se que com a tragédia climática e ambiental vivida neste ano de 2024 no estado do Rio Grande do Sul, a pauta ambiental possa ser mais visível dentro dos planos de governo de candidatos a prefeito em muitos municípios do RS, e inclusive, em cidades de outros estados e grandes capitais do Brasil.
Diante das consequências já visíveis provocados pelo aquecimento global aqui no país, até mesmo aqueles candidatos mais conservadores e negacionistas climáticos terão que tratar do tema em suas campanhas eleitorais e, se eleitos, em sua futura gestão. O certo é que os atuais candidatos serão os responsáveis pelo planejamento dos municípios nos próximos quatro anos de e preparar estas cidades para o futuro.
Assim, além de se preocupar com investimentos em obras estruturantes, ligadas aos sistemas de drenagem urbana, prevenção de enchentes, de mapeamentos de áreas de risco e realocação de famílias destas áreas, terão que se dedicar também na recomposição de matas ciliares ao longo de rios e da recuperação de áreas degradadas. Assim, acredita-se que a área ambiental dentro da administração pública municipal terá um espaço maior nas futuras gestões, com incremento de equipes técnicas, de estrutura e orçamento, além de mais respaldo político/administrativo.
Cabe então aos futuros administradores públicos entenderem esta necessidade, aplicarem seus recursos da forma correta em projetos que possam tratar de soluções ambientais de mitigação dos problemas já conhecidos e da prevenção de outros transtornos futuros. Aos eleitores, por sua vez, cabe uma boa análise das propostas e planos de governo de cada candidato, e verificar se a pauta ambiental e/ou climática está sendo devidamente observada pelo seu candidato preferido.