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Professora fala sobre cuidados com os alimentos consumidos no verão

Professora fala sobre cuidados com os alimentos consumidos no verão

As altas temperaturas registradas no verão brasileiro aceleram a multiplicação microbiana e a deterioração dos alimentos, que podem se tornar veículos de transmissão de doenças causadas por estes microrganismos, envolvendo sintomas como náusea, vômito, dores abdominais e diarreia. Por esse motivo, é importante observar as condições de manipulação, acondicionamento e conservação dos alimentos em bares, restaurantes e quiosques, com especial atenção durante as férias nas praias ou outros locais em que há um grande aumento do número de pessoas em um determinado período e, onde muitas vezes, a infraestrutura não acompanha o aumento do número de consumidores.

É importante escolher com atenção os locais para a realização de refeições, observando a organização e limpeza das instalações; a conduta e higiene dos funcionários (uniformes limpos, unhas curtas e limpas, proteção nos cabelos e o cuidado de não tocar em dinheiro enquanto manipula alimentos); as condições de armazenamento dos alimentos (alimentos que necessitam de refrigeração devem estar em geladeiras e balcões refrigerados e os alimentos quentes em estufas ou carrinhos de bufê com temperatura superior a 60°C (Dica: alimentos nesta temperatura precisam esfriar para podermos colocar na boca, caso contrário nos queimamos, então se o alimento estiver morno, é porque está conservado de forma inadequada).

Cláudia Verdum Viegas, Coordenadora do curso de Engenharia de Alimentos

Um bom exemplo são os pastéis, folhados, coxinhas de frango, etc, pois estes alimentos devem estar refrigerados e serem aquecidos para o cliente no momento da compra, ou em uma estufa a no mínimo 60°C, prontos para o consumo. Se for frito ou assado na hora está tudo certo! Se estiver morno dentro daquelas estufas ou balcões aquecidos, que estão a menos de 60°C e às vezes até desligadas, há proliferação microbiana e o corre risco de desenvolver uma das DTAs (Doenças Transmitidas por Alimentos).

Alimentos perecíveis como carne, queijo, iogurte, saladas de frutas, sanduíches, entre outros, devem ficar armazenados em balcões refrigerados com temperatura inferior a 5°C, ou seja, bem resfriado. “Preste atenção também ao gelo e ao limão que são colocados no copo com o refrigerante ou a água. Eles também podem estar contaminados”, diz.

Outro cuidado que o consumidor deve ter é com a presença de pragas, do tipo moscas e formigas, baratas então, nem se fala! A presença delas indica descuido com o ambiente, com a proteção dos alimentos e deficiência nos procedimentos de higienização e prevenção, e colocam novamente o consumidor em risco, pois estes insetos transportam microrganismos que podem contaminar os alimentos. Lembre-se:

Alimentos quentes devem ser mantidos bem quentes e alimentos frios sempre bem frios.

Para finalizar, ela recomenda também cuidado com os lanches caseiros, pois, da mesmo forma, podem veicular microrganismos causadores de doenças. Os cuidados importantes são: preparar os alimentos o mais próximo possível do horário de consumo, evitar alimentos muito perecíveis e quando optar por eles, manter em caixas isotérmicas abastecidas com gelo, e manter os alimentos sempre em recipientes bem fechados e protegidos do sol. Procure consumir os lanches caseiros acondicionados em caixas isotérmicas em até duas horas após o seu preparo.

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