Por que as empresas de tecnologia contrataram pessoas para transcrever áudios de usuários?

Por que as empresas de tecnologia contrataram pessoas para transcrever áudios de usuários?

Trechos de gravações de áudio de usuários de produtos da Apple, da Amazon, do Facebook, do Google e da Microsoft foram enviados a colaboradores terceirizados dessas empresas para checagem de conteúdo e aprimoramento da tecnologia.

A prática não era secreta, mas pessoas que fizeram esse trabalho de revisão relataram à imprensa que, em muitos casos, as gravações incluíam conversas sensíveis.

Por que essa interferência humana é necessária?

O reconhecimento de fala hoje depende de “machine learning” ou “aprendizagem de máquina”. Esse tipo de “inteligência artificial” é obtido quando um programa é treinado a partir de exemplos que relacionam um problema — um áudio a ser reconhecido, por exemplo — com a sua solução, nesse caso a transcrição correta do áudio.

Como o software precisa ser treinado, são humanos que fazem a “calibragem”, indicando onde o programa acerta e onde ele erra.

Isso é feito para que a inteligência por trás dos assistentes de voz consiga entender as nuances da fala humana. O Google, em uma publicação oficial sobre o caso, disse que essa revisão humana é “crítica para o processo de construção das tecnologias de reconhecimento de fala”.

Um dos erros possíveis no reconhecimento de fala é a “falsa ativação”. Ela ocorre quando a inteligência reconhece indevidamente a frase de acionamento (como “Ei Google” ou “E aí Siri).

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