OS GUARDIÕES DO FALSO EU

OS GUARDIÕES DO FALSO EU

Tenho lido muito SRI PREM BABA. De sua autoria, a obra em que mais me detive, foi ‘PROPÓSITO – a Coragem de ser quem somos’. Vem do líder humanitário tudo o que falarei aqui, talvez com algumas atrevidas anotações. Os que me lêem semanalmente sabem que eu não tenho ‘cacife’ para adentrar nos labirintos do assunto relacionado com a expansão da consciência, sem o risco de cometer alguma heresia. Mas é o tema que o líder humanitário destrincha na sua obra. PREM BABA fala com rara sabedoria dos desafios que precisamos enfrentar durante a encarnação. Dentre estes, estão os chamados Guardiões do falso eu, ou seja, a gula, a preguiça, a avareza, a inveja, a ira, o orgulho, a luxuria, o medo e a mentira.

Claro que não farei comentário algum sobre tais vícios; isso seria uma tarefa muito pretensiosa de minha parte, mas confesso que fiquei intrigado pelo fato do guru não ter feito sequer menção ao ciúme e esbanjou comentários sobre a inveja. Sei que isso faz parte da literatura, talvez uma certa seletividade posta no texto, todavia, com certa perspicácia PREM BABA tenha mandado o colunista estudar, e foi o que fiz com humildade, até porque tenho aversão ao ciúme, não gosto de ciumento ou de ciumenta, muito menos do ciúme patológico, o chamado ciúme doentio, muito comum, dizem, entre casais, por isso pretendo deixar esse assunto resolvido ainda nesta edição do Jornal.

E foi nessa onda que encontrei o grande achado – com o perdão da redundância. Descobri que a ligação entre ambos é inevitável, mas a verdade é que o ciúme e a inveja não são a mesma coisa. Enquanto o ciúme é motivado por algo que se possui e que se tem medo de perder, a inveja é motivada por algo que não se possui, mas que a gente quer ter ou então, que não se quer que mais ninguém o tenha. Vejam a sutiliza e façam suas conclusões do porque não gosto de ciumento (a). Enfrento o problema colocando mais uma vez Gleise Hosfmann e Bolsonaro como protagonistas desta história, embora sejam como a água e o vinho. Gleise padece de ciúme, ela tem o LULA, beija-o na boca e tem medo de perdê-lo, logo Gleise é ciumenta, mui ciumenta! Escolho uma vez mais Gleise como personagem do nosso estudo; Gleise não tem Bolsonaro como seu governante, pois o que ela pretendia ter como tal era o LULA ou o Addad. Ao mesmo tempo não quer que mais ninguém os tenha como governantes, logo, Gleise também é invejosa.

Concordam comigo? Confesso, a esta altura, que fiquei de cara com PREM BABA, por ter suprimido o ciúme no texto de seu livro. Terei, então, que extirpar a minha raiva falando sobre mais este mecanismo que o ego utiliza para manter a falsa identidade ou o falso eu. Tenho dito que, no limite da zona do ciúme com a zona da inveja, existe uma zona sutil, uma zona gris, que nós – os advogados – chamamos de zona cinzenta em nossos arrazoados jurídicos. Mesmo diante dessa sutileza, é difícil identificar o ciúme, embora possível porque o ciúme invariavelmente se torna obsessivo, ou possessivo ou doentio, e não há como não ignorar o comportamento de uma pessoa ciumenta. Em resumo, uma pessoa ciumenta não confia em si mesma, ela padece da insegurança emocional e para manter um falso eu, ela não pode prescindir dos seus guardiões, OS GUARDIÕES DO FALSO EU. Até sábado.

Nota: recomendo a leitura de PROPÓSITO de Sri Prem Baba.

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