Certamente um dos temas que ganharão mais notoriedade nos próximos anos no Brasil é em relação à chamada “agricultura de baixo carbono”. Este termo foi inicialmente associado ás práticas de agricultura sustentável por meio da integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF). Porém, nos últimos anos este conceito foi ampliado para associação de outras práticas agropecuárias que de alguma forma minimizam os níveis de carbono emitidos na atmosfera, contribuindo assim com a redução dos impactos dos gases do efeito estufa e do aquecimento global. Pois, em geral, com um solo bem manejado e as culturas adequadamente cultivadas, o carbono tende a permanecer no solo por muitos anos, ao invés de ser liberado para a atmosfera. Nesta linha, o Ministério da Agricultura e Abastecimento lançou, ainda em 2016, o chamado “Plano ABC” – (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), que contempla principalmente sete grandes programas: 1) Recuperação de Pastagens Degradadas; 2) Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs); 3) Sistema Plantio Direto (SPD); 4) Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN); 5) Florestas Plantadas; 6) Tratamento de Dejetos Animais; e, 7) Adaptação a Mudanças Climáticas. Assim, ao desenvolver a agricultura e pecuária no Brasil, enquadrando-se em práticas sustentáveis, o agricultor pode garantir benefícios, inclusive com linhas de crédito e juros subsidiados para recuperação de solos degradados, com correção, adubação e implantação de práticas conservacionistas, dentre outras ações. Ainda, com isso, em grandes áreas ou cultivos, os produtores rurais já estão sendo contemplados com recursos oriundos de projetos de créditos de carbono, onde recebem um valor pecuniário pela prática agrícola de baixo carbono desenvolvida em sua propriedade. Portanto, a agricultura organizada, consciente e sustentável tende a crescer no país.
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