Diante das catástrofes ambientais recentes que estamos vivenciando, como as enchentes, estiagens, queimadas, ciclones e outros, que são frutos das mudanças climáticas globais, necessitamos urgentemente de ações planejadas para combater este aquecimento global. O processo de transição energética é uma das alternativas mais rápidas e viáveis para ajudar neste processo, utilizando-se menos combustíveis fósseis e priorizando energias limpas e renováveis. Aqui no Rio Grande do Sul destaca-se uma iniciativa de incentivar a produção de Hidrogênio Verde (H2V), que até 2040 tende a reduzir as emissões de CO2 no estado em até 8,4 milhões de toneladas.
O (H2V) é um combustível produzido a partir da eletrólise da água, utilizando fontes de energia renováveis, como a solar e eólica. Sua utilização é diversa, podendo ser aproveitada em indústrias, no transporte e em carros elétricos, por exemplo, além de poder ser armazenado e exportado para outros países. Recentemente, o estado do RS assinou um acordo com uma empresa estrangeira para a instalação de três unidades de produção de Hidrogênio Verde (H2V) e Amônia (NH3), que além de produzir este combustível limpo, ajudam na melhoria da autonomia na produção de fertilizantes, reduzindo-se a necessidade de importação de insumos agrícolas.
As unidades serão instaladas nos municípios de Passo Fundo, Condor e Tio Hugo. Além destes, as regiões do litoral gaúcho, campanha e metropolitana tendem a receberem vários destes empreendimentos num futuro próximo. Nesta linha, foi publicado o decreto nº 57.173, de 31 de agosto de 2023, que institui o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Hidrogênio Verde no Estado do Rio Grande do Sul – H2V-RS, e certamente ajudara neste processo. Portanto, agora cabe também aos municípios se atentarem em dispor de benefícios para instalação destes empreendimentos e ajudar na transição energética do RS.
