O COLAPSO II

O COLAPSO II

Terminou. Não temos mais ‘governo passado’ e ‘ex-presidentes livres’, um está preso e o último acaba de ser preso, pela ordem: LULA e TEMER. O sistema político brasileiro ruiu, entrou em colapso. HOJE governa-se pelas redes sociais. Vejam o que eu disse em artigo anterior: “Com a autorização da Suprema Corte, para que o presidente da república seja investigado para apurar os fatos citados pelo empresário Joesley Batista da RBS, em delação premiada, podendo ser denunciado, processado e afastado da presidência, fica a constatação óbvia de que não há mais governabilidade no país”.

O Sr. Michel Temer declarou isto na primeira fala após a publicação das gravações. Falta apenas saber até que ponto a falência do sistema contaminará o setor econômico. A crise gerada com o já comprovado envolvimento do Sr. Michel Temer em atos criminosos gravados pelo delator na residência oficial da presidência no dia 18.05.2017, ganhou espaço na imprensa internacional. Estamos envergonhados. Nossa auto-estima, reduzida ao mais baixo nível que o ser humano poderia suportar. Os efeitos da crise foram quase instantâneos e com a velocidade de um meteoro. Em questão de algumas horas a notícia atravessou oceanos, voou sobre continentes, os resultados foram e estão sendo devastadores. O dólar subiu chegando a R$3,87 embora a bolsa tenha terminado o dia em franca ascensão e o Brasil que já estava comemorando o fim da recessão, hoje está parado, engessado, o congresso estagnado, preparando-se para apreciar a ‘reforma da previdência’.

O governo atual ainda não sedimentou o que poderíamos chamar de uma base parlamentar e sem esta, ADEUS reformas (da previdência – política – trabalhista), isto por que; são réus na sua grande maioria. Em síntese, o sistema político chegou ao esgotamento, simplesmente ruiu isto é muito grave. Já escrevi nesta coluna sustentando, antes mesmo da queda de Dilma, que a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte Exclusiva era o único meio de substituir todo o parlamento e o executivo – viciados – através de novas eleições. Tarde demais, além do que, esse congresso não teria o topete nem a humildade para tanto. Em outras oportunidades defendi a mudança do regime para o parlamentarismo. Creio que não encontrei eco para tal sugestão, entretanto, no parlamentarismo esse governo (o governo de Michel Temer, na época) já teria caído sem crise. Na Inglaterra basta um voto de desconfiança e cai o gabinete e com ele o primeiro ministro. Nunca houve crise naquele país diante da substituição do premier.

Vejam agora o tamanho do problema com a recente delação de Palocci e a prisão do ex-presidente Temer. Tivesse ocorrido um ano antes, assumiria em seu lugar um dos maiores corruptos que o Brasil conheceu: o Sr. Renam Calheiros, presidente do Senado na época! Mas o colapso em que vive o país, apenas foi retardado.

Até sábado.

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