A vigésima sexta edição da Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP 26) ocorreu recentemente na Escócia, reunindo os principais líderes governamentais de 200 países de todas as partes do mundo. O objetivo do encontro foi de discutir e propor as medidas necessárias para alcançar a redução de suas respectivas emissões atmosféricas que aceleram o aquecimento global, de mobilizar fundos e impulsionar a adaptação e a resiliência para atingir estas metas.
O acordo é importante para impedir que o aquecimento global alcance índices capazes de gerar catástrofes ambientais devastadoras em diversas partes do planeta em um futuro bem próximo. O Brasil até surpreendeu um pouco neste encontro, especialmente em mudar o seu discurso recente e se comprometer em alcançar algumas metas que podem trazer resultados importantes. Na COP 26 o país se comprometeu em reduzir a emissão dos gases do efeito estufa em 50% até 2030 e neutralizar as emissões de carbono até 2050.
Esta meta é até superior àquela prometida no acordo de Paris (COP 21) que previa redução de 43% até o ano de 2030. As alternativas para isso seriam: alterar a matriz energética brasileira, investindo em bioenergia sustentável e energias renováveis; aumentar a eficiência no uso de energias e de recursos; fortalecer o cumprimento do Código Florestal; promover o manejo sustentável de florestas nativas; baixar drasticamente os índices de desmatamento ilegal; fortalecer o Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC).
Pois, de um modo em geral, acredita-se que o Brasil realmente seja mais competitivo e inclusivo promovendo uma economia de “baixo carbono”, especialmente agora que os EUA são novamente protagonistas no acordo. E se isso acontecer, certamente terá reflexos positivos na economia e mais incentivos à sustentabilidade no Brasil. Mas, será que vamos cumprir?