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Se você, jovem, aprendeu em casa ou na escola, que todas as pessoas são conciliadoras e que se você fizer uma saudação, ao passar por elas, todas vão responder bom dia, boa tarde e sorrir, esqueça. Aquilo não era verdade. E vejam que uma saudação não custa nada. Quanto custa um bom dia?

Lembro de que em outro texto que escrevi me referi a um senhor que estava sempre de cara fechada, pronto para a guerra, nada receptivo. Pois abordei-o e perguntei qual a razão de tanta e constante irritação. A partir daquela conversa até boa tarde ele me responde. Valeu. Mas vivemos sob o manto do egoísmo, da ganância, do isolacionismo e nessas condições não conseguimos disfarçar, comportar-se como pessoa educada.

Dias atrás, eu caminhava pelo meu Tuparendi, em frente ao Hospital, quando um estranho descia do carro e eu lhe dirigi uma saudação. Simplesmente ficou me olhando, como a indagar:___Quem é tu para me dizer adeus? Nem te conheço! Pequei por excesso, não por omissão.

Fiquei pensando na imagem que se vende do gaúcho hospitaleiro, bonachão. Será? Vamos refletir sobre a imagem símbolo do gaúcho, da estátua do Laçador, por exemplo. Semblante altivo, desafiador, armado, pronto para a briga. Nas figuras de gaúchos vendidas como marcas registradas da nossa cultura o que vemos? Figuras nada receptivas. O indivíduo aparece com semblante fechado, chapéu tapeado na testa, adaga na cintura, revólver. A cara de poucos amigos está disseminada na sociedade. Menos. Menos! É preciso lembrar que a Revolução Farroupilha acabou e de forma não muito honrosa para nós, em 1845, no Ponche Verde.

Então, não precisamos tratar as outras pessoas como inimigas. Me atira uma pedra, te atiro duas. Cara feia fica bem em cobrador, fiscal. Não é possível que imperem as diferenças, sejam elas no contexto político, sejam no campo das nossas incompreensões recíprocas. Deixem o ódio, o ciúme, a inveja, os rumos diferentes para longe. Vamos á prática dos bons valores na sociedade. Eu não vejo meus desafetos como inimigos. No máximo tenho pena deles. Tenho refletido sobre a razão da postura indelicada de algumas pessoas. Penso que é nada mais , nada menos resultado ritmo acelerado da vida. A correria, a luta pelo espaço, a falta de tempo par o exercício da reciprocidade, da paz, da convivência, da sociabilidade.

Há que lembrar, no entanto, que pessoas com o perfil negativo que descrevi antes, normalmente são pessoas que estão inabilitadas para qualquer atividade produtiva. São inúteis, são párias. Onde reina a ignorância arrogante não sobrevive a produtividade, o desempenho significativo.

Na noite de ontem eu escrevia este texto quando assisti na Globo News uma notícia de assédio moral promovida por um novo ”chefete” num departamento de Meio Ambiente em Brasília. Funcionários denunciaram que, literalmente, esse chefe humilhava seus servidores. Chamava-os de burros, incompetentes, isto na frente de todos os servidores. Um despreparado, arrogante, frustrado. Alguém o escolheu de forma errada para desempenhar a função. Já li que essa pessoa foi demitida ontem pela manhã. O prefeito Leonel é testemunha das variadas vezes em que eu alertei quanto a esse problema. Escolher as pessoas certas para a função é sinal de competência gerencial e o contrário também é verdadeiro.

Vamos exercitar as regras da convivência pacífica. Afinal, vamos todos para a cova. Com narizinho empinado ou não.

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