Não estamos formando mão de obra qualificada

Não estamos formando mão de obra qualificada

Ao observarmos uma John Deere Internacional, veremos que atraem empregados mais que mariposa em lâmpada. Escrevo esta crônica após uma conversa com a qual me honrou um grande empresário se Santa Rosa. Falou da dificuldade de gerar riqueza, tantos são os entraves em nosso país. Falou que a produtividade da economia brasileira cresceu ridículos 0,4% de 1982 e 2018. Os motivos são varios, desde a intromissão maléfica do setor público, alta carga tributária, ambiente jurídico que causa intranqüilidade e outros Porém, segundo este empresário o maior problema é a falta de mão de obra qualificada, formação deficiente de profissionais. No Brasil sobram profissionais à base da força bruta como flanelinhas, porteiros, cobradores de ônibus, empacotadores, balconistas. Precisamos crescer na área da inteligência, tecnologia, melhorar nosso sistema de educação. O que está acontecendo ( ou deixando de acontecer) nestes tempos tão digitais?

Precisamos parar de fingir que está tudo bem. A simples criação de centenas de escolas técnicas ou universidades, não se bastam. É preciso que forneçam qualificação adequada a milhares de alunos, que durante anos freqüentam esses bancos escolares. É preciso fornecer transferência de tecnologia, qualificar o ensino, capacitar os formandos que assumirão postos de trabalho, após deixarem esses cursos. Isso não está acontecendo. E onde isso não acontece ficamos apenas em filosofança hipócrita, barata e pretenciosa. E o pior: custa muito caro ao contribuinte.

Uma recente pesquisa da Manpower Group, informa que a falta de mão de obra qualificada no BR atingiu os assustadores 81% em 2022. Empresários não encontram talentos, apenas pessoas sem preparo e formação. Daí a dificuldade em preencher vagas, desde as mais simples. A maioria dos desempregados são pessoas sem as mínimas habilidades, principalmente nas áreas onde existem maiores necessidades: Tecnologia da Informação, operações, logística, marketing. Falta competência humana.

Como o sistema de ensino não prepara essa mão de obra, os empresários estão investindo na formação de seus funcionários na própria empresa ou em algum tipo de treinamento fora da empresa ou até no exterior. No entanto isso sai caro e a empresa perde competitividade. É o que resta às indústrias nacionais enquanto órgãos responsáveis não reinventem o sistema de ensino. A maioria dos alunos formados costuma dizer: minha formação acadêmica não entregou o que o mercado de trabalho precisa, não aprendi quase nada no curso superior, terei que aprender na prática. Se alguém me der essa chance. Não tenho auto-confiança, segurança. Imagina quem o contrata!

A que ponto chegamos.

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