Mochilão: A verdadeira arte de viajar

Mochilão: A verdadeira arte de viajar

São pouquíssimos os indivíduos que não gostam de viajar. Conhecer lugares, culturas, pessoas e costumes é sempre uma experiência significante na vida de alguém. O estilo e local da viagem varia muito conforme os gostos do sujeito, então não é difícil encontrar um local ideal para você passar uma semana, 15 dias, meses ou um ano. Mas, para aqueles que amam aventura, independência e simplicidade, o mochilão é a escolha certa, na qual a conexão consigo é imediata.

Atualmente o termo mochilão, ou melhor, essa forma de viagem está ganhando ascensão cada vez mais e é devido a busca pelas pessoas que amam viajar e encarar aventuras, desafios, independência e muitas experiências inesquecíveis no seu ou em um novo país.

Quando você decide mochilar, se depara com inúmeras possibilidades como viajar com amigos, família ou sozinho (o famoso “acompanhado de si mesmo”). Mas de qualquer maneira, a ideia é gastar bem menos do que uma viagem convencional. Claro que você pode optar por uma jornada com mais gastos conhecendo restaurantes, galerias de arte e museus. Mas outros apenas escolhem visitar aquilo que está ao alcance público de cada país. O que de fato caracteriza um mochileiro é bem subjetivo, depende muito do seu ponto de vista e destino, a resposta mais geral seria a intensidade da viagem. O vigor com o qual o viajante mergulha naquela aventura, de tentar conhecer a cultura local, interagir com nativos, ir além dos roteiros turísticos tradicionais, usufruir a sua independência e cidadania universal, além de primar vivenciar com tempo e tranquilidade a viagem, como Thiago Larcen fez.

Thiago Larcen conhece em torno de 13 países e metade foi graças ao mochilão. Em dezembro de 2017 partiu para a primeira experiência de mochileiro e saiu para a trajetória levando apenas o que cabia em um mochila. O período que ficou fora foi de três meses e passou por países como Hungria, Slovakia, Áustria e Alemanha. Ele preferiu fazer uma viagem bastante econômica conhecendo os lugares públicos e se conectando com a natureza.

Essa é uma forma de conhecer lugares refutando, a afirmação que não tem dinheiro suficiente para viajar. “Eu sempre quis viajar, mas usava sempre aquela desculpa de não ter dinheiro para isso, e acredite, esse problema é de muitos brasileiros e estrangeiros também. E foi então que conheci algumas organizações que facilitam a vida de quem quer viajar. A “Workaway” é uma ONG que trabalha com mochileiros e faz essa ponte entre Viajantes e Lugares no mundo que buscam por voluntários temporários. Você pode ser voluntário em Hostels, Fazendas ou até mesmo em comunidades menos afortunadas doando um pouco do seu tempo em troca de hospedagem e alimentação. A única exigência para se participar da ONG é falar Inglês, por isso eu digo, aprenda a se comunicar em Inglês, isso facilita a viagem completamente”, diz Thiago. E de fato, ele trabalhou por um tempo para economizar mais ainda, sendo também outra alternativa na diminuição dos gastos sem perder nenhuma parte divertida da viagem. “Como o meu objetivo era economizar para viajar mais, me voluntariei em um Hostel na cidade de Bratislava na Slovakia. Era um hostel para mochileiros e meu trabalho era simples, trabalhava quatro horas por dia, cinco dias na semana diretamente com os hóspedes e limpeza, em troca eu recebia hospedagem e alimentação gratuita”, relata.

Com tantas vivências novas, o mochileiro após a sua jornada não será o mesmo de antes. Aqui entra outra pauta importante e desafiadora nessa transição durante a viagem. É um período em que estará longe de sua casa, de sua família, de seus amigos: permanecer de fato longe. A melhor parte de ser mochileiro, segundo Thiago, é que você conhece o mundo e as pessoas de culturas totalmente diferentes da sua e você tem a oportunidade de viajar com elas sem se preocupar em ter que ficar mais um dia em alguma cidade, você só arruma sua mochila e continua a jornada. Hoje o mundo inteiro está aberto a mochileiros e voluntários, você só precisa tomar a decisão de ir.

“Cada viagem para mim é um crescimento pessoal e emocional incrível pois passo por momentos difíceis (comunicação por exemplo) e por momentos que fazem tudo valer a pena, como estar no topo de uma montanha coberta de neve ouvindo aquela música que te conecta com o universo. Eu cheguei a conhecer pessoas do Hymalaya, Austrália, Nova Zelândia, China e muitos outros paíse. O que digo para todo mundo que quer viajar, que a única parte difícil é dar o primeiro passo, porque depois da primeira experiência, você descobre que ama viajar e quer realizar sempre, e com organização você consegue viajar muito e com muito pouco. Basta uma vez ser mochileiro, mas esse sentimento fica sempre contigo. Minha dica é viagem mais, é um crescimento pessoal incrível e inigualável”, finaliza Thiago.

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