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Noventa milhões de brasileiros estão trabalhando. E isto é bom! No entanto doze milhões estão desempregados. E isto não é bom! O pior é que a maioria dos jovens demonstra apatia num momento em que deveriam demonstrar entusiasmo, pensar no futuro. E as pesquisas demonstram que a maioria não está parada por opção e sim por despreparo, falta de habilidade. A qualidade de ensino no Brasil está longe, muito longe do que vem sendo exigido no mercado de trabalho. É preciso conduzir o sistema educacional para uma rígida especialização profissional.

Os jovens chegam ao vestibular (os que chegam), de forma capenga, com conhecimento insuficiente em leitura, ciências, matemática, enfrentando problemas para ler as palavras com mais de uma sílaba. Não conseguem identificar o assunto de um texto. É péssima a qualidade do ensino médio no país que sacrifica o futuro das próximas gerações. Quatro em cada dez jovens não conclui o curso em função da qualidade ruim desse ciclo educacional. O ensino médio no Brasil é um desastre. E o superior não fica muito distante. Entre 2066 Instituições de ensino superior avaliadas, apenas 35, ou seja, 1,6% obtiveram nota máxima.

Segundo uma avaliação básica (SAEB), alcançamos o nível dois de proficiência, numa escala de zero a nove. Não pode ser pior esse resultado. Conteúdos ultrapassados, excesso de matérias, curriculum desconectado da realidade socioeconômica resultam nas altas taxas de abandono. Se algum avançar, chegará à Faculdade com déficit considerável.

A saída para o problema é antiga e conhecida. Ao invés de concessões de modismos e políticas pedagógicas é preciso aprimorar a formação de professores, realizar avaliações regulares dos mesmos, rever os currículos e os gastos (os maiores do mundo), tornar esses gastos mais produtivos. É imensurável o quanto se joga de dinheiro pelo ralo. Sem fortalecer o ensino continuaremos perdendo para todos os países com economia emergente. Continuaremos sem formar capital humano, do qual tanto necessitamos para crescer de modo sustentado. Perpetuaremos nossas condições de atraso, desigualdade, pobreza.

Discussões como “escola sem partido, escola com partido”, só atrapalham. Professores devem se preocupar com uma única ideologia, a ideologia da aprendizagem. Perde-se tempo demais com coisas que não são essenciais. Enquanto isso permanecemos num processo de ignorância: o maior de todos os males!

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