Há semanas moradores residentes no Bairro Oliveira, em Santa Rosa, reclamam de várias interrupções no fornecimento de água, o que com estes dias quentes, torna-se um grande problema.
Devido a isso, a Reportagem do Jornal Gazeta foi conversar e solicitar a razão de estar acontecendo essa situação e repassar para a população afetada. Segundo Jauro, Gerente da CORSAN, as queixas em relação à falta de água no Bairro se dão por conta de um novo sistema de abastecimento que estavam implantando para toda essa região. “Nós estamos implantando um novo sistema de abastecimento a partir da nossa nova estação de tratamento de água, na qual as obras estão sendo finalizadas. E foi construído, ali na Oliveira, um reservatório novo, maior e mais elevado para melhorar a quantidade de água reservada e também a pressão nas partes mais altas do bairro, e com isso, alteramos muito nosso sistema todo. Nós tivemos que fazer uma interligação da rede que vem da nova estação de Cruzeiro, porque essa região será abastecida com água vindo do Rio Santa Rosa e da nova estação, assim Cruzeiro como um todo. Foi necessário, também, fazer alguns ajustes onde, em determinados momentos fugiram no planejado, tanto devido pela necessidade de resolver algum problema, ou um que poderia ter ocorrido, por falta de energia e até por uma questão de estratégia mesmo. Tivemos que fazer, muitas vezes, o abastecimento pela atual estação de tratamento, que é a do Centro, então dessa forma, foi preciso fazer uma série de manobras, implementar e fazer a instalação dos tubos da nova estação e fazer os sistemas interagirem, ‘conversarem’ um com o outro, ou seja, é eu poder utilizar um em determinado momento um sistema, ou não, como também voltar a usar o antigo caso necessário seja. Dessa maneira, por conta disso, nós acabamos fazendo uma série de alterações, instalações e registros, que são de fato serviços demorados, com peças grandes e pesadas, tendo canos de diâmetros consideráveis, no caso maiores, registros grandes e isso demanda tempo, além da questão de que é demorado por si só. Toda a operação é complexa e ao executar essas interligações não tem como ser feita com tanta rapidez. Se fôssemos fazer em uma única vez, poderia levar uns 2 dias e toda essa região é uma área grande. Pega desde a Balneária, Flores, Beatriz, Oliveira, Santos, Bancários, Vila Meinertz, próximo ao Sesc, toda a Expedicionário e toda a rótula do Janeco, então ficaria todo esse local sem água por muito tempo. Sendo assim, o que a gente fez? Nós optamos em realizar em algumas etapas, tivemos que suspender a água em mais vezes, mas em menor número de horas. Claro que, infelizmente, pegamos uns dias com muito calor e isso trouxe um transtorno um pouco maior para a população. Mas foi isso que aconteceu. Depois que a gente instalou, fez o sistema e alteramo-lo, não teve mais intervenção, no caso, não estamos mais intervindos lá, mas foi um trabalho bem pontual”, explicou o gerente da Corsan.
Além disso, Jauro também disse que em um momento desses dias, também ocorreu uma queda de um cabo de alta tensão da RGE. “E isso fez com que nós ficássemos sem energia por um tempo bastante considerável até que eles resolvessem o problema desse cabo de alta tensão e nós pudéssemos botar em funcionamento nosso motor e nossas bombas. Em conclusão, foi isso que aconteceu. Agora nós vamos ter um sistema com um reservatório de 500 m³, é o dobro do que temos hoje. É mais alto, então vai ter uma condição melhor em termos de percentuais, números de metros de água lá reservado e uma pressão maior na parte mais alta. Além disso, tem a possibilidade de fazer uma comunicação de um sistema com o outro para tentar minimizar cada vez mais o número de interferência de desabastecimento para essa população. Mas ficamos a disposição de qualquer situação que possamos contribuir ou que precise esclarecer”, concluiu Jauro.