No dia 24 de novembro, o Grupo de Escoteiro Arajás de Santa Rosa participou de uma atividade diferente, quando foram conhecer uma vertente natural na residência de Aluisio Maria de Souza, na Rua Guilherme Balze.
Logo ao chegarem, o proprietário relatou uma história interessante ao grupo. “Quero primeiro falar para vocês sobre o Guilherme Balze, que deu origem ao nome da nossa rua. Contam os moradores mais antigos que Guilherme Balze era um americano, dono de muitas terras que doou para o município, que por sua vez fez doação para os padres e freiras que posteriormente venderam. Era um ermitão muito rico e não deixou herdeiro e que enterrou muito ouro próximo da nossa fonte, que se tornou um tesouro encantado e que para encontrar o tesouro é preciso muitas crianças que sejam inteligentes, obedientes e muito educadas, só assim poderão quebrar o encantamento . Um baú com muitos quilos de ouro, castiçais de prata e diamantes. E nas noites de lua cheia surge ali perto um duende carregando um saco de ouro nas costas. Quando aqui chegamos estava tudo abandonado e a fonte cheia de lixo. Limpamos tudo. Na cabeceira plantamos muitos pés de árvores para preservar sua nascente, no açude criamos peixes e utilizamos dessa água para limpeza e irrigação. E onde existia um “olho d’água”, um simples pocinho onde os vizinhos vinham buscar água de balde que utilizavam para limpeza; quando faltava água da Corsan foi preciso fazer um poço com tijolos ao redor e a saída da água que vertia agora sai por cano mostrando a queda da água; e assim a água sai sempre limpa. O contorno dos tijolos está branco de cal que usamos com frequência para limpar. Mesmo assim para tomar desta água é necessário tratar com cloro e outros produtos, ferver e ou filtrar porque todo o lençol freático de Santa Rosa é poluído, pela criação, esgotos que foram jogados dentro de poços e agrotóxicos, jogado aonde passa o Pesseguerinho”, relata.
“Estamos falando de despoluir, então é preciso que todo santa-rosense faça sua parte dando destino certo ao lixo. Na Europa, o Rio Sena já foi o rio mais poluído de toda a Europa, e vocês irão estudar nas aulas de geografia ou poderão pesquisar no Google e então a população da Europa tomou consciência da necessidade de despoluir o Rio Sena, que foi um rio morto e por muitos anos está sendo despoluído. Sua água está mais limpa e já existem milhares de seres vivos no fundo desse rio. No verão de 2017, presenciamos um acontecimento muito triste para a ecologia e o meio ambiente na área das praias de Imbé no RS uma baleia de 40 toneladas morta. Com tanta poluição das águas, e com lixo em alto mar. Fica a pergunta: Por quê? Tema de estudos e de pesquisas de muitos biólogos. É preciso cuidar mais do nosso ambiente. Cuidar mais da água e do ar. E acima de tudo é preciso que cada um de nós tenha o compromisso e a responsabilidade de dar destino certo pros lixos que produzem”, acrescentou.
Após ouvirem a história e conhecerem in loco a vertente, os escoteiros lancharam e continuaram a conversa.