0
Shares
Pinterest Google+

Você já sentiu essa dor? A dor no nervo ciático (também chamada, simplesmente, de Ciática) é, na verdade, o próprio sintoma de outros problemas.

O ciático é o maior nervo do corpo humano. Estende-se pela face posterior do quadril, desce por trás da coxa e do joelho de cada perna até alcançar o dedo maior do pé (hálux). Ele é responsável em grande parte pela inervação sensitiva, motora e das articulações dos membros inferiores. O dano ao ciático pode ocorrer dentro do canal espinhal, no forame intervertebral (espaço entre as vértebras por onde passa a medula espinhal) ou em algum outro ponto de seu percurso, uma vez que atravessa vários músculos, fascias (membranas de tecido fibroso que protegem os órgãos) e tendões.

A dor no ciático acomete indistintamente homens e mulheres e sua frequência aumenta com o envelhecimento, visto que com o passar dos anos as estruturas da coluna vertebral acabam sofrendo um desgaste que pode comprometer tanto a medula espinhal, quanto as raízes que dão origem as nervos.

De acordo com Patrícia Vanessa Rodrigues, Fisioterapeuta, Instrutora do Método Pilates e Pós Graduanda RPG SOUCHARD, são consideradas causas importantes para a compressão do nervo ciático e surgimento do processo doloroso: hérnia de disco, traumas, tumores, síndrome do músculo piriforme responsável pela rotação da coxa (espasmo muscular que comprime o nervo ciático), osteoartrite, estenose da coluna lombar (estreitamento do canal vertebral e consequente desgaste das estruturas da coluna), deslizamento de vértebras em decorrência de fraturas por pressão (espondilolistese).

Ademais, Patrícia acrescenta que são sintomas característicos da dor ciática, que necessariamente não ocorrem ao mesmo tempo:

• Dor que irradia da coluna lombar para a parte posterior da coxa e da perna;

• Aumento da dor na perna com tosse, espirro ou estiramento da coluna;

• Diminuição da força muscular;

• Perda de sensibilidade ou diminuição dos reflexos na região afetada;

• Aumento da dor com a manobra de elevar o membro inferior esticado se o paciente estiver deitado.

“Na verdade, os sintomas da compressão do ciático podem variar muito, estar ou não associados à dor lombar e, em geral, pioram à noite”, elucida a Fisioterapeuta.

Os sintomas que cada pessoa irá apresentar podem ser bem diferentes, mas geralmente a dor ocorre com maior frequência de um só lado. Como é o caso de dores agudas em, apenas, uma parte da perna ou quadril e dormência em outras partes. Nesse caso, o lado afetado pode parecer mais fraco que o outro. “Os sintomas mais comuns da dor ciática são: perda da sensibilidade ou redução dos reflexos da região atingida; diminuição da força muscular; formigamento ou sensação de queimação; dores irradiando da coluna lombar para a região posterior da coxa ou da perna; aumento de dores depois de ficar em pé ou sentar, ao tossir, espirrar ou rir; intensificação da dor com movimentos de elevação dos membros inferiores, etc”, explica Patrícia.

Além disso, ela ainda explana que é fundamental, também, evitar o uso excessivo das nádegas e do músculo piriforme, assim como, o nervo em estiramento não há limite para os exercícios, pois eles são baseados em se sentir bem. “Se você sente dor ciática precisa realizar exercícios do corpo inteiro, porém estes exercícios devem apresentar modificações para que você possa executar o movimento com sucesso e dessa forma, tendo alívio da dor”.

No Pilates, o instrutor irá modificar o exercício e fazer as correções para proporcionar uma experiência bem sucedida de movimento sem dor. Essa fórmula tem sido o melhor para lidar com aqueles que sofrem de dor nas costas ou para dor ciática, qualquer tipo de patologia ou lesão. “O método Pilates apresenta uma variedade de exercícios para aumentar a consciência do centro, aumentar a mobilidade do quadril e tornar os movimentos eficientes, minimizando o recrutamento de algumas musculaturas do corpo o que auxilia no tratamento da dor ciática”, ressalta a profissional.

Recomendações preventivas

Patrícia comenta que é essencial evitar realizar movimentos bruscos com a coluna vertebral, pois eles podem favorecer o pinçamento de nervos, bem como:

– Sempre flexionar os joelhos quando for erguer um peso do chão;

– Dar preferência aos sapatos com saltos mais baixos;

– Procurar manter uma boa postura. O hábito de utilizar posturas corretas deve ser desenvolvido, especialmente, quando houver necessidade de permanecer sentado ou em pé durante muito tempo;

– Pratiar exercícios físicos que ajudem a fortalecer a musculatura de todo o corpo. O Pilates é uma excelente opção, que promove uma melhora no condicionamento físico e mental com um repertório diversificado de exercícios globais. Através da técnica, que trabalha fluidez, concentração, controle, centro de força, respiração e postura, o praticante consegue aumentar a sua consciência corporal, flexibilidade, equilíbrio e força muscular.

Dessa forma, a Fisioterapeuta Patrícia expõem dois exercícios que auxiliam nessa dor:

Exercício para alongamento:

1. Deitar de barriga para cima e com a ajuda das mãos, trazer um joelho ao peito, mantendo essa posição por cerca de 30 segundos, enquanto se alonga a lombar e fazer o mesmo com a outra perna, mesmo que só se sinta dor em uma das pernas;

2. Deitar na mesma posição, dobrar os joelhos, cruzar uma perna sobre a outra e, com as mãos, trazer a perna na sua direção, mantendo esta posição durante cerca de 30 segundos e repetir com a outra perna;

3. Ainda na mesma posição de barriga para cima, colocar um cinto na base do pé e trazer a perna esticada o máximo possível na sua direção, mantendo essa posição durante cerca de 30 segundos e repetir o mesmo com a outra perna;

Estes exercícios devem ser repetidos, pelo menos, 3 vezes de cada vez, uma a duas vezes ao dia.

Exercício para fortalecimento

1. Deitar de barriga para cima, dobrar as pernas e levar o umbigo em direção às costas, tentando manter uma respiração normal e fluída. Manter esta contração do abdômen por cerca de 10 segundos e depois relaxar completamente;

2. Na mesma posição, colocar um travesseiro entre os joelhos, mantendo a contração do abdômen e, ao mesmo tempo, apertar uma perna contra a outra, durante 5 segundos e soltar, repetir 3 vezes;

3. Depois, tirar o travesseiro de entre os joelhos e colar uma perna com outra e elevar o quadril do chão, mantendo essa posição por pelo menos 5 segundos e depois descer lentamente de forma a colocar primeiro no chão a coluna dorsal, a lombar e o glúteo, repetindo estes dois movimentos pelo menos 5 vezes;

4. Por último deve-se levantar uma perna dobrada, fazendo um ângulo de 90º com o chão, repetindo o exercício também com a outra perna, mantendo as duas durante 3 a 5 segundos e depois descer uma de cada vez.

É importante salientar que sempre se realize exercícios até ao limiar da dor, não se devendo esforçar em excesso, para não causar maior irritação do nervo e piorar a dor.

Previous post

CARBOXITERAPIA: o que é e para que serve

Next post

11 atletas selecionados na Avaliação Técnica do Clube de Regatas do Flamengo

No Comment

Leave a reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *