No final da tarde desta segunda-feira (22/06), o governador do Estado, Eduardo Leite, anunciou em live no Facebook que, em função da situação atual do Rio Grande do Sul, com o aumento no número de bandeiras vermelhas, será difícil retornar às aulas presenciais no dia 1º de julho, conforme cronograma anunciado no final de maio. A expectativa é de que o retorno gradual ocorra a partir da segunda quinzena de julho, mas isso ainda está sendo avaliado pelo Governo.
Para o presidente do SINEPE/RS, Bruno Eizerik, é possível compreender a postergação da decisão em função do agravamento da situação no Estado, com o aumento no número de bandeiras vermelhas. Mas, por outro lado, o dirigente afirma que é preocupante a situação econômica das escolas, especialmente da Educação Infantil, em função dos cancelamentos de matrículas e inadimplência. Para ele, essa situação deve se agravar no próximo mês. “Não temos dúvida de que haverá demissões e fechamento de turmas. O problema é para onde irão essas crianças, considerando as limitações de atendimento no ensino público, como a falta de vagas”, ressalta o presidente.
Outro questionamento levantado por Eizerik é com relação à aplicação das bandeiras para o setor educacional. “No protocolo de retorno às aulas presenciais, elaborado pelo Governo, está definido que regiões com bandeira laranja e amarela estão autorizadas ao retorno das aulas presenciais. Mas, até agora, não temos um calendário previsto, sendo que temos várias regiões do Estado nessa situação”, salienta o dirigente.
A orientação do SINEPE/RS é para que as escolas sigam desenvolvendo o ensino remoto, investindo cada vez mais em tecnologia para manter a qualidade do ensino oferecida pela rede privada. Com relação às férias de julho, recentemente o SINEPE/RS assinou um acordo com o Sindicato dos Professores que garante a autonomia da instituição em definir o melhor período para o recesso, conforme seu calendário escolar. Algumas instituições devem manter o período tradicional (duas últimas semanas de julho), outras já fizeram o recesso, e ainda têm instituições que devem organizar a parada para as próximas semanas.