O Inter empatou com o Veranópolis em um jogo tecnicamente muito fraco. Trocou o 4-1-4-1 pelo 4-2-3-1 com a saída de Patrick, mal há muito tempo, deixando Dourado e Edenilson em linha e D’Alessandro centralizado à frente, um posicionamento que prejudica os três jogadores: Dourado, que precisa ajudar na construção ofensiva, Edenilson, que precisa se resguardar mais e D’Ale, que é alçado para a zona de pressão jogando, muitas vezes, de costas para o gol.

Mas esse não foi o único ponto negativo do jogo.

Mais uma vez o time tem um pênalti a seu favor e faz uma “homenagem” a um jogador que não era o batedor oficial, com a cobrança.

Já havia sido assim em outras oportunidades recentes:

Nos últimos 11 pênaltis desperdiçados pelo Inter, em 10 o batedor oficial não bateu. Todos os 11 pênaltis ocorreram de 2016 pra cá.

2015 – Anderson estreia contra o Cruzeiro em Gravataí, o jogo está 0 x 0, o Inter tem um pênalti a seu favor, Anderson bate e erra. O Inter empata;

2016 – Abertura daquele maldito Brasileirão, o Inter vai empatando em casa com a Chapecoense e tem um pênalti a seu favor. O zagueiro Paulão se coloca para bater e homenagear o filho, nascido no dia anterior. Paulão erra, o Inter empata e esses dois pontos fizeram bastante falta naquele ano;

2016 – Ainda no ano maldito, final da partida, o Inter vai empatando com o São Paulo em casa. Pênalti a seu favor. Valdivia é escalado para ganhar confiança com o gol. Ele erra, o Inter só empata e todo mundo sabe o que aconteceu;

2018 – O Inter abre 2 x 0 sobre o Vitória no Barradão e tem um pênalti a seu favor. Rossi pega para bater e ganhar confiança. Erra. No lance seguinte o Vitória desconta, na volta do segundo tempo, empata. O Inter se safa com um gol no último minuto;

2018 – o Inter vai perdendo o jogo pra Chape e tem um pênalti aos 45 do segundo tempo. D’Alessandro, o batedor oficial está em campo, mas Damião, voltando de lesão, é escolhido para bater. Ele erra. E ali começa a crise colorada que o afastou do título;

2019 – O Inter começa mal o campeonato. Se obriga a mudar o planejamento e escala titulares fora de casa. Tem um pênalti a favor com um a mais faltando cinco minutos pro fim do jogo. Nico está em campo e até corre para pegar a bola, mas Sóbis é quem bate para voltar a fazer gol no seu retorno ao clube. Erra. No lance seguinte o Veranópolis empata.

E então, Inter? Até quando vamos perder pontos por brindar jogadores – que não os batedores oficiais – com cobranças de pênaltis?