Um novo estudo islandês mostrou que 50% das pessoas que testam positivo para COVID-19 são assintomáticas.
Ao mesmo tempo, nos EUA, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças estima que 25% dos portadores de coronavírus não demonstrem nenhum sinal da condição.
“As informações que confirmamos agora são de que um número significativo de pessoas infectadas na verdade permanece sem sintomas. Esse número pode ser de até 25%”, disse o diretor do Centro, Dr. Robert Redfield, ao NPR.
Esses novos – e perturbadores – dados mostram a importância do isolamento e do distanciamento físico como armas poderosas para evitar a propagação do vírus.
Quarentena
Cerca de 90% da população americana vive em áreas que estão sob ordem de isolamento, ou seja, as pessoas devem ficar em suas casas e limitar seus passos o máximo possível, de acordo com a CNN. Dados da Universidade de Hopkins indicam que são 216.722 casos confirmados no país, com 5.137 mortes.
Diversas autoridades de saúde já se pronunciaram a favor da quarentena e dizem que ela parece estar funcionando, especialmente no Condado de King, em Washington, o epicentro do coronavírus no país.
“Estamos observando reduções no contato pessoa a pessoa que melhoraram progressivamente e nos levaram a um ponto em que estamos causando um impacto muito positivo”, disse o Dr. Jeff Duchin, oficial de saúde pública de Seattle e do Condado de King.
Em Nova York, uma cidade especialmente afetada pelo COVID-19, a análise da CNN revelou que a média diária de aumento de casos na semana passada foi de 17%, uma grande redução dos 58% observados no período de sete dias anterior.
59 mil vidas salvas
Uma pesquisa de larga escala europeia liderada por cientistas do Imperial College London (Reino Unido) concluiu que intervenções precoces, como distanciamento físico e restrições severas ao movimento das pessoas, já salvaram dezenas de milhares de vidas.
Os pesquisadores estudaram os dados de intervenções realizadas em 11 países europeus, determinando que elas, em conjunto, “tiveram um impacto substancial na transmissão” do coronavírus.
A estimativa é de que, até 31 de março, as ações destes 11 países tenham poupado “59.000 mortes”.
O Brasil tem 6.931 casos confirmados e 244 mortes, embora não esteja realizando testes em massa na população. O número de casos sofreu uma alta significativa na última semana e meia. Pelo exemplo de tantas outras nações, a ordem de ficar em casa é essencial neste período. [CNN]