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Piolhos não estão em extinção

Alguns alunos tiveram piolho este ano e cuidados devem ser constantes

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Falar sobre piolhos é algo bastante interessante. Quando se começa a discutir, no mesmo instante já sobe um desconforto e a cabeça começa a coçar. É um ato involuntário que acontece com muitos indivíduos, o que gera uma descontração, mas sem dúvidas, estar com esse bichinho não é nada agradável.

O piolho é um inseto pequeno e sem asas, com cerca de 4 mm de tamanho. Ele é considerado um ectoparasita, ou seja, um parasita que vive no exterior de seu hospedeiro e se alimenta do sangue do mesmo. Sua infestação é chamada de pediculose.

Ele geralmente costuma aparecer nas crianças nas escolas e em creches, porém pode ocorrer em qualquer faixa etária. “A transmissão da infestação se dá por meio de contato direto, destacando-se as situações de aglomeração infantil, como escolas e creches. A pediculose do corpo é adquirida pelo uso compartilhado de roupas. Já a pubiana pode ser adquirida por via sexual. Apesar de menos comum, o piolho também pode passar de uma pessoa para outra através de objetos, como roupas, toalhas, chapéus, capacetes, pentes, escovas e roupa de cama”, explica Kátia Kaffka dos Reis, da Vigilância Sanitária da FUMSSAR.

Os sintomas são bem conhecidos e simples, são marcados pela intensa coceira no couro cabeludo, principalmente na parte de trás da cabeça, podendo chegar ao pescoço e tronco; também podem surgir pontos avermelhados como picadas de mosquito; alguns casos podem variar de assintomáticos (podendo ser percebida somente pela presença do parasita, piolho, e de seus ovos, lêndeas, que aparecem como pequenos pontos esbranquiçados grudados aos fios de cabelo, a sintomáticos com extrema coceira. Em algumas situações, a coceira é tão intensa que a criança tem dificuldade em dormir; já outras coçam tanto que produzem feridas na pele. Uma das complicações da pediculose é a infecção bacteriana destas feridas causadas pela coceira.

“Existe uma grande variedade de tratamentos e medicamentos para piolhos. Porém, tão importante quanto o uso de medicamentos é a inspeção e identificação de pediculose em todas as pessoas ao redor do caso identificado. Se uma criança for tratada para piolhos, mas seus irmãos ou colegas de turma também infectados não, a chance de reinfecção é altíssima. Como o piolho é nada mais que um inseto, o tratamento é feito preferencialmente com inseticidas especiais. Estes podem ser aplicados em forma de xampu, loções ou cremes”, relata Kátia.

Para prevenir a pediculose, o ideal é evitar o compartilhamento de roupas, toalhas, acessórios de cabelo e outros objetos de uso pessoal, bem como evitar o contato direto cabeça com cabeça ou cabelo com cabelo de pacientes infestados. As crianças são com frequência as mais infectadas principalmente na escola. Recomenda-se que sejam sempre examinadas e que passem o pente fino para evitar que a infestação se propague; as que usam cabelos compridos devem prendê-los para ir à escola. É fundamental que a escola seja comunicada sempre que alguma criança apresentar o problema. Dessa forma, todos podem ser tratados ao mesmo tempo e o ciclo de recontaminação será interrompido.

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