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O avanço da tecnologia é a razão por existir vários apetrechos, que hoje, a maioria da população não vive sem. Um exemplo bastante claro é o uso dos fones de ouvidos, que a cada ano, o número de indivíduos que usam diariamente e diretamente, se intensifica mais.

O fone de ouvido é usado mais, de certa forma, pelos jovens e crianças dessa geração, que já nasceram introduzidos nessa era digital e tecnológica. Porém, apesar de todas as qualidades e melhorias que esse objeto traz, ele também merece ter uma atenção. O uso maçante, desde escutar música, assistir vídeos e filmes, ou até mesmo para brincar e jogar, podem prejudicar a saúde auditiva das crianças e jovens.

Fabíola Meinertz

“Cada vez é mais comum e em idades precoces que as crianças utilizem os fones de ouvido no cotidiano. O trauma causado pelo ruído causa danos às células ciliadas do ouvido interno, o que geralmente é temporário, durando de 16 a 48 horas, mas que com o tempo prolongado de exposição se tem dano permanente e o aparecimento de sintomas. Inicialmente a perda de audição propriamente dita não é tão percebida, pois a perda auditiva se inicia nas frequências mais agudas da nossa audição, o que não causa um dano social logo no início. A perda auditiva induzida por ruído (PAIR) se dá, geralmente, a longo prazo”, explica Fabíola Meinertz, Fonoaudióloga de Santa Rosa.

Os fones de inserção concentram e intensificam os sinais sonoros, por isso têm maior potencial de danos. Como se encaixam diretamente no canal auditivo, tornam o volume de ar e a distância da fonte de música para o tímpano muito reduzida, assim aumentam o nível relativo da exposição ao ruído. Sendo assim, orienta-se utilizar fones de ouvido que não sejam introduzidos no ouvido, já que são menos agressivos por não estarem em contato direto com o pavilhão auditivo.

“O problema é o uso prolongado de fones em alta intensidade. Para crianças, orienta-se manter um volume baixo, sem superar 60% do volume máximo dos aparelhos e limitar o tempo diário de utilização. A legislação obriga que os fabricantes de equipamentos portáteis sonoros individuais informem seus usuários de que o uso do equipamento acima de 85 decibéis pode acarretar dano ao sistema auditivo. Esse número corresponde a 65% do volume dos dispositivos, que geralmente podem chegar a até 130 decibéis”, diz Fabíola.

A Fonoaudióloga ainda acrescenta que caso não sejam tomados os cuidados necessários na utilização do dispositivo, os problemas auditivos em crianças podem aumentar sim, em função do uso inadequado dos fones de ouvido a longo prazo. E que esse problema pode afetar igualmente crianças, jovens e adultos que estejam expostos de maneira inadequada a ruídos acima do nível permitido.

Segundo a profissional, alguns sinais de alerta podem ser notados, como:
• Zumbido, “barulhos de campainhas” ou dor nos ouvidos;
• Precisar sempre aumentar o volume da TV e do rádio;
• Dificuldade de compreender o que lhe dizem;
• Falar alto;
• Sintomas secundários como desequilíbrio, tontura e dores de cabeça;
• Dificuldades escolares, desatenção.

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