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Como vou votar para vereador

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Neste ano teremos eleição para vereadores e Prefeitos. Penso nisso. Não quero fazer parte da parcela letárgica da sociedade. Insisto em que deveríamos primar pela qualificação dos nossos representantes, até porque eles nos custam muito caro. São mais de dez bilhões por ano, pago aos vereadores. Somos um dos poucos países que paga salário aos vereadores. No ano de 2017 tramitou de forma muito sutil no Congresso Nacional, uma proposta para extinguir as Câmaras de Vereadores nos municípios com menos de cem mil habitantes. Essa tentativa já foi assassinada.
Já que gastamos tanto vamos escolher os melhores. A campanha vai começar ou já começou. E com ela estarão presentes os vícios de sempre. As promessas que podem ser cumpridas e as que nunca serão. É preciso ficar atentos aos discursos, aos embusteiros, aos que têm o dom da oratória, aos que prometem e não cumprem, aos que dizem uma coisa e fazem outra. Cuidado com aqueles que prometem empregos para a esposa, filha, nora, genro, sogra. São especialistas em dizer o que o eleitor quer ouvir. Ao vereador não compete fazer promessas de calçar ruas, construir pontes, bueiros, loteamentos. Isso são ações de caráter do Poder Executivo. Vamos votar no menos pior. Aliás, os partidos políticos deveriam fazer uma seleção mais criteriosa dos seus candidatos. Um vereador deve ter aptidão técnica e formação intelectual mínimas para auditar as contas do Poder Executivo, tem que conhecer uma peça orçamentária, ter condições de apresentar um Projeto de Lei, fazer emendas à Lei Orgânica do Município. Alguns candidatos se elegem baseados na presunção de ignorância, desqualificando a sabedoria, o domínio intelectual. Quanta ignorância! A eleição de um incompetente anula a eleição de um candidato competente. O papel principal do vereador é o de fiscalizar o Poder Executivo, verificar como se dá a aplicação do dinheiro público, que vem do contribuinte. Um vereador deve representar os interesses da população perante o Executivo.
Na verdade se a Democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo, deveríamos participar mais. A começar pelo nosso voto. Vou citar o meu município, São Antão da Urtiga. Pelo que ouvi dos meus parentes e amigos eles pretendem fazer mudança. Estão cansados de bizarrices, de figuras folclóricas, populistas, ocupando uma cadeira na Câmara. —- É muita imbecilidade, de inutilidades estamos fartos, dizem eles. E estão certos. O homem comum, como eu, tem que participar mais. Depois da eleição não adianta se queixar. Não quero um porta voz da minha desilusão, quero um vereador que seja o representante dos meus direitos. Que encare o cargo como uma missão e não como uma fonte de renda. Que seja independente, que não tenha a mínima submissão ao Prefeito. Quero pessoas com formação adequada, capazes, de preferência, que tenham experiência sim, que tenham bom caráter, que tenham conhecimento de causa, segurança e sabedoria em questões fundamentais. Não precisam ser sábios, mas têm que ser cultos. A atividade do vereador não pode ser compreendida fora do contexto cultural e político. Que dominem as letras, pelo menos em respeito aos milhares de jovens que estudam, às crianças que buscam formação. Esse público seleto de milhares de eleitores que veem no vereador o seu representante. Burrice e incapacidade não me representam. Desculpem. Votarei em quem tiver um mínimo de cultura, independente da ideologia partidária. Um candidato que nega o Holocausto, que diz que a Terra é plana, que nunca leu um livro, que diz que o homem nunca foi à Lua, que não tem ideia de quem foi Einstein, Darwin, não merece meu voto. Não vivemos no reino da ignorância!

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