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Açúcar: quanto mais escuro, mais nutritivo

O açúcar é um carboidrato simples, muito calórico, absorvido rapidamente pelo organismo, elevando os níveis de glicose no sangu...

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O açúcar é um carboidrato simples, muito calórico, absorvido rapidamente pelo organismo, elevando os níveis de glicose no sangue e como consequência, de insulina. O excesso de açúcar gera risco de doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, pré-dispõe a diabetes, obesidade, acúmulo de gordura, principalmente na região abdominal e hipertrigliceridemia.

Existem vários tipos de açúcar, os extraídos da cana, do milho, do coco e outros, além dos edulcorantes, gerando muitas dúvidas entre eles. Independente do tipo de açúcar, todos devem ser consumidos com moderação. Quanto mais escuro for o açúcar, mais vitaminas e minerais ele contém, sendo mais saudável e mais indicado.

Nutricionista Patrícia Oliveira Dani

“Os extraídos da cana são os mais presentes no dia a dia e todos possuem um valor calórico semelhante. Sendo assim, o açúcar refinado e cristal, muito utilizado no cafezinho, no preparo de sobremesas e sucos, passam por processo de refinamento e adicionado aditivos químicos para dar brancura, retirando praticamente todos os minerais do alimento tornando este muito calórico e pobre em nutrientes. O açúcar de confeiteiro ou glaçúcar, ultrafino, muito branco e macio, é utilizado de forma especial em confeitos de bolos e tortas. E também recebe muitos aditivos químicos. Açúcar light é uma mistura de açúcar refinado e adoçante artificial, por isso ele adoça quatro vezes mais do que açúcar comum. Não é indicado para diabéticos, pois contém sacarose (açúcar comum). O açúcar mascavo é mais úmido e tem sabor mais acentuado da cana, que lembra a rapadura, o que nem sempre agrada a todos. É extraído após o cozimento do caldo de cana, que se transforma em melado e depois em açúcar mascavo. É um dos mais indicados pelos nutricionistas. Porém isso não significa que poderá ser usado sem moderação. Açúcar demerara é um dos mais caros. Tem sabor mais suave do que o mascavo”, explica a nutricionista Patrícia Oliveira Dani.

Porém, há açucares que são mais indicados pelos nutricionistas, como o açúcar orgânico que é cultivado sem a utilização de agrotóxicos e sem componentes químicos artificiais no processo de industrialização. Tem o mesmo poder adoçante do açúcar refinado, porém mais caro, mais grosso, mais escuro e com melhor valor nutricional e por isso é indicado para a melhora da imunidade e da anemia.

O açúcar de coco adoça como açúcar comum, não com menos calorias, porém com mais benefícios ao organismo. Ele promove uma liberação de energia ao organismo mais lenta, evitando picos de glicose no sangue. Esta seria a melhor opção. O mel também é uma boa escola. Ele é obtido a partir do néctar das flores, elaborado pelas abelhas. É um alimento bastante nutritivo, com poder antioxidante e antiinflamatórias, além de índice glicêmico levemente menor do que o açúcar. Estas características o tornam uma boa opção para adoçar. Porém, deve ser usado com a mesma moderação do açúcar, já que é semelhante em calorias e o seu excesso pode causar os mesmos malefícios.

Frutose é o açúcar extraído das frutas e milho, portanto um adoçante natural. Não contém aditivo químico e é cerca de 30 vezes mais doce que o açúcar comum, porém não tem vitaminas e minerais devido ao seu refinamento. Importante ressaltar que a frutose quando consumida em excesso, leva o fígado a trabalhar mais, podendo acarretar a esteatose hepática (gordura no fígado) e resistência à insulina. Não recomendado para diabéticos.
Stévia é um edulcorante natural, uma planta medicinal que pode ser utilizada para substituir o açúcar ou mel em sucos, chás gelados e algumas receitas. O seu poder adoçante pode ser 300 vezes superior à sacarose. Não é tóxica ao organismo, não contém ingredientes artificiais, tem poder diurético e regula os níveis de açúcar no sangue. É um dos adoçantes mais indicados. A stévia não deve ser esquentada, então não é uma boa opção para adoçar o cafezinho ou chá, pois em altas temperaturas, altera-se bioquimicamente e forma compostos potencialmente cancerígenos.

“O correto seria acostumar o paladar com o sabor natural dos alimentos, evitando os industrializados e preferindo os in natura e os minimamente processados, que são os mais saudáveis. Ficar atento aos rótulos dos alimentos, pois nem sempre consta exatamente o açúcar é uma boa escolha, pois dessa maneira poderá regrar mais o que você ingere e poderá saber qual desses você quer usar e qual é o mais aconselhável para seu organismo, e claro, visitar um nutricionista para encaminhar os alimentos certos”, conclui a Nutricionista Patrícia Dani.

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