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Elias de Siqueira restaura vitrolas e rádios antigos

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Se perguntarmos hoje para qualquer jovem se conhece ou já viu alguma vez um disco de vinil reproduzindo uma melodia, possivelmente poucos diriam que sim e pior, a maioria talvez diria que nunca viu um disco de vinil.

No entanto, esses discos estão voltando. Nos últimos dois anos, estima-se que em média foram produzidos no Brasil mais de 375 mil LPs. A reportagem do Jornal Gazeta Regional conversou com Elias de Siqueira, um saudosista e que conserva essa prática de ouvir uma boa música de seus LPs. Além de ser um conservador de boa música, possui o dom e técnicas de restaurar vitrolas e rádios antigos.

Em seu porão há uma gigantesca diversidade de peças, ferramentas, aparelhos de som para serem restaurados e utilizados por ele. Com uma facilidade em reconhecer o dano nessas máquinas, que segundo ele, possuem uma tecnologia rudimentar, ao explicar sobre esses aparelhos, explana com detalhes as funções de cada parte das máquinas.

Elias comentou que coisas que eram ‘démodé’ até pouco tempo, estão voltando a serem presentes nas casas dos brasileiros. “Nas máquinas antigas, no momento que você for consertar deve reconhecer a engenharia que foi utilizada em sua confecção para poder confeccionar a mesma peça de outra forma, fazendo desempenhar as mesmas funções que a peça original”, disse.

O restaurador Elias disse também que quando eram confeccionadas as “bolachas” de vinil, havia nos sulcos os lados das veletas denominados como L e R. Quanto a profundidade transmitia o som do contrabaixo. Algo que é padrão até hoje. “Meu filho tem um disco do Paul Mauriat e quando está sendo reproduzido o som do disco, dependendo um momento da música, a agulha pula, de tão forte o grave devido a profundidade do sulco”.

Ainda faz comparações, que os antigos aparelhos possuíam grandes técnicos pesquisadores, algo que predominava em grandes empresas como a Philips, onde todos os montadores das máquinas possuíam grandes conhecimentos em eletrônica. Algo que foi se perdendo ao tempo devido ao avanço tecnológico, segundo Elias.

Quando questionado sobre a diferença em ouvir uma música de um disco de vinil e em um CD, ele respondeu que a melodia é totalmente diferente, “enchendo o ambiente de harmônicos” como comentou.

Aos admiradores do som do vinil, em sua totalidade, possuem quase a mesma resposta quando questionados sobre o que sentem ouvindo um disco. A música é mais aveludada, mais calorosa, mais romântica, mais nostálgica. São sensações que estão voltando em uma época onde o “digital” predomina. Entretanto, o gosto musical não há idades, fazendo assim novos fãs e admiradores do vinil.

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