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Muita gente tem perguntado sobre o andamento dos projetos das novas barragens hidrelétricas previstas para o rio Uruguai. Sabe-se que há muitos anos existe a perspectiva de instalação do complexo Hidrelétrico Garabi-Panambi, que poderia gerar cerca de 2.200 MW.

No RS, o reservatório Garabi atingiria áreas de Garruchos, Santo Antônio das Missões, São Nicolau, Pirapó, Roque Gonzales, Porto Vera Cruz, Porto Lucena e Porto Xavier. Já o reservatório Panambi impactaria os municípios de Alecrim, Doutor Maurício Cardoso, Novo Machado, Porto Mauá, Santo Cristo, Tucunduva, Tuparendi, Crissiumal, Derrubadas, Esperança do Sul e Tiradentes do Sul.

Os projetos tinham, ainda em meados de 2015, um custo estimado de US$ 5,2 bilhões. Nos estudos de inventário já concluídos, foram estimados cerca de 12,5 mil empregos entre as duas unidades, empregando 70% de mão de obra local. Por outro lado, alterações ambientais irreversíveis seriam geradas. Acontece que um destes projetos previa o alague de cerca de 60 hectares dentro do Parque Estadual do Turvo (Unidade de Proteção Integral), e o Ministério Público Federal ajuizou uma Ação Civil Pública suspendendo o licenciamento ambiental dos empreendimentos. No TRF4 as decisões se mantiveram contra os empreendimentos.

Hoje, o que se necessita é um novo acordo entre o Brasil e a Argentina para readequar o projeto de forma a diminuir a cota de alague e, assim, não impactar o Parque Estadual do Turvo. Mesmo temendo tantos impactos ambientais, estes projetos não devem ser descartados, muito em função do aumento da demanda de energia elétrica, e do alto custo econômico que a sua escassez proporciona para toda a população. Então, como sempre falo, no contexto da sustentabilidade ambiental, as questões ambientais, sociais e econômicas devem ser consideradas. E, com um projeto mais moderno e menos impactante, estas barragens cedo ou tarde serão indispensáveis na região.

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