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Autora: Bianca K. Schinweiski
Estudante de Psicologia – Unijui

A adolescência é caracterizada por transformações biológicas, emocionais e sociais, onde o indivíduo passa a adotar comportamentos, caracterizados principalmente pela autonomia, em consequência, passa a ter maior exposição às situações do cotidiano. Como também, a adolescência é caracterizada pela fase de transição do corpo infantil para o adulto, onde é necessário ter que conhece-lo novamente, algo que até então nos parecia ser conhecido. O nosso corpo sofre modificações constantes com o passar dos anos, desde o momento que nascemos até alcançar a fase adulta, ou até mesmo a velhice, muita coisa se transforma, sendo algumas de formas mais lentas e outras em ritmo mais acelerado.

Durante a fase da adolescência, o jovem se depara com um corpo no qual não o pertencia até então, um corpo em transformação, que sai de um estado infantil e começa a construção de corpo adulto. Esse período se inicia com mudanças hormonais, passando a mudanças corporais, sem data de início e fim, mudanças essas que trazem consigo a angústia do desconhecido. Sendo assim, o jovem precisa aprender a lidar com essas mudanças, onde essa fase pode vir carregada de uma fragilidade na autoestima. Com os hormônios, surgem espinhas, pelos, coisas indesejáveis aos olhos dos jovens, a aparência nessa fase da vida parece ter um peso ainda maior. O jovem passa a ter que se reconhecer, se reconectar consigo mesmo, e a partir daí buscar sua nova identidade. Onde, o adolescente passa por um intenso trabalho psíquico de adaptação, buscando assim, conduzir da melhor forma possível a estruturação/restruturação de sua identidade. Embora a identidade de um indivíduo seja estruturada ao longo da vida, é durante a adolescência que diversas características, se exteriorizam com mais intensidade. A maneira como o adolescente percebe seu corpo é condição fundamental na formação de sua identidade. Muitos autores abordam a questão do luto nessa fase, onde o sujeito passa pelo luto do corpo infantil, sendo assim, se faz necessário elaborar o luto da perda de sua imagem infantil e buscar uma identidade preparatória para a vida adulta, a partir da percepção de sua nova aparência física.

Como já abordado anteriormente em um texto publicado recentemente, a adolescência traz consigo um aprendizado muito grande pra quem consegue apreciar ela de ambos os lados, a identificar as fragilidades e as forças dessa fase. Sendo assim, os jovens tem muito a nos ensinar, essa fase da vida tem muito a nos dizer, é uma faze carregada, pois abrange muitas mudanças ao mesmo tempo. Mas também e uma fase que predomina a força, a reconstrução e apropriação de si mesmo. Falar do corpo é necessário, até porque na puberdade as mudanças parecem ser mais evidentes e por vezes rápidas, e podem se tornar angustiantes, onde devemos dar espaço de fala aos adolescentes, sendo fonte de elaboração frente as fragilidades que essas mudanças possam provocar.

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