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Assim como acredito em Papai Noel, coelhinho da Páscoa, Saci Pererê. Acredito que Viagra é para controlar a hipertensão arterial, em ressurreição, acredito em político que se diz mais honesto que Madre Teresa de Calcutá. A cada dia uma informação cai na cabeça da gente como uma marreta. Em frente á TV fico pensando: será que estão brincando comigo? Isso não pode ser verdade. Mas, ás vezes, é. Na última semana a Polícia do Rio de Janeiro, prendeu quatro traficantes e 700 quilos de cocaína. A Justiça imediatamente mandou soltar os meliantes, anulou a Operação, alegando que o STF decidiu que sem autorização judicial para invadir o depósito não poderiam prender os bandidos. Condescendência com o mal feito? Inversãio de valores? Na mesma semana o Ministro Gilmar Mendes, matou a última esperança de salvar o que restou da Lava Jato. Com a decisão anulou investigação contra o empresário Walter Faria, dono da cervejaria Petrópolis. A acusação era a de que o empresário teria disponibilizado suas contas na Suíça, nas quais foram depositados 3,6 milhões de dólares como propina na compra de um navio sonda, pela Petrobras. O referido “agrado” seria ou foi destinado à suas excelências, o senador Renan Calheiros, Jader Barbalho e outros baluartes da ética e da moral. O primeiro deles, regenerado pela justiça, foi até relator de uma CPI, no Congresso Nacional, recentemente. A “maracutaia” aconteceu nos anos 2006 e 2007, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Gilmar Mendes alegou incompetência da Vara de Curitiba para julgar os senhores acusados. Os mesmos fundamentos que levaram o STF a anular as condenações de Lula. Estão anulando toda a Lava Jato. E os brasileiros de bem apenas assistem!

Na mesma fatídica semana, dois Ministros de STF, Ricardo Lewandowski e Luis Roberto Barroso, estiveram em Harvard, numa Universidade americana, participando de um encontro. Na verdade um evento promovido pela militância da esquerda brasileira. A deputada Tábata Amaral, fez uma pergunta ao Ministro Barroso, que até Fevereiro presidiu a instância máxima da Justiça Eleitoral do Brasil, o TSE. Como é possível evitar que “eles” ganhem a eleição de “nós”? Resposta do Ministro: Nós vamos ganhar. Somos mais fortes, somos mais poderes que nossos inimigos. Somos do bem. E concluiu: Somos o caminho, a verdade e a vida. Se julgam Deuses. Faltou concluir, mas deve ter pensado: Somente por mim chegarão ao Palácio do Planalto. Esses homens, esses militantes políticos, vão cuidar das urnas eletrônicas? Alguém responsável por supervisionar as eleições pode se referir a um dos candidatos como inimigo? Onde está a parcialidade, a isenção? Na mesma semana o ministro teria proferido a seguinte frase: Nós é que somos os Poderes do bem. Todos os outros são do mal, então?

Frente a tudo isso observamos o silêncio e a cumplicidade de quem por direito deveria contestar essa postura arrogante, imoral. Juíz não pode ser militante político, nem de esquerda, nem de direita. Não podem agir como células de ação partidária. Nem podem ser tão arrogantes assim. A mais alta Corte de Justiça no país está carecendo de uma dose de humildade. As qualidades básicas se encontram nas Comarcas do interior. O Juíz de uma cidade do interior é visto como um modelo de postura ética, valores nobres e morais. Noventa e nove por cento, age com coerência, objetividade, isenção política. Nunca vi um participar de conflitos ideológicos. Acontece que os píncaros da glória não os atingiram.

André do Rap, um dos mais poderosos chefes do tráfico de droga do Brasil foi preso em Angra dos Reis, numa mansão alugada por R$ 25.000,00 por mês. Havia helicóptero, lanchas, iate, luxo suficiente para deixar com vergonha o milionário Bill Gates. Tudo fruto da contravenção. O Ministro Marco Aurélio Melo, então no STF, mandou soltar o bandido, imediatamente, após a complexa e cara operação das polícias para prender o bandido. Hoje está foragido, talvez no Paraguai, de onde, segundo a Polícia, comanda o envio de drogas para a Europa. Atitudes com essa nos deixam confusos. Dizem uma coisa; fazem outra. Agem como vestais, demonstram galhardia, elegância, generosidade e grandeza moral, senso de justiça, fazem pose de coroinha. Suscitam em nós ingênua esperança. Com o passar do tempo notamos tintas de hipocrisia nos seus discursos. Não existe meio honesto. Não existe mulher meio grávida, ou está ou não está. O Estado não pode padecer sob os pés daqueles que deveriam cuidar dele! Cuidar de nós!

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