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A música pode ser incentivo e companhia para a prática de atividade física

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Amúsica é um elemento poderoso na vida. Do estilo romântico ao mais animado, é ela quem dita o tom em vários momentos. Quem dá o clima para o ambiente e para a ocasião. A música é tão poderosa que é capaz de despertar sentimentos, sensações e até mesmo fazer você viajar no tempo ou nas lembranças.

Quando o assunto envolve a prática de atividade física, a música tem um papel ainda mais importante. Ela pode servir não somente de companhia, mas também como incentivo para tirar qualquer pessoa do sofá. Em ritmo acelerado, dá o tom da corrida. Dançante, em casa, transforma a sala numa pista de dança. Suave e instrumental, pode ser um convite à meditação. Tratar a música como aliada pode ser um incentivo a mais para a prática de atividade física.

Mas não é só uma percepção de quem gosta de ligar uma playlist animada na hora de se mexer. Segundo Pedro Casagrande, que é profissional de educação física e doutor em Ciências do Movimento Humano,o uso da música tem sido amplamente estudado em intervenções psicológicas e terapêuticas para a melhora da saúde, do desempenho esportivo, e em conjunto com a prática de atividades físicas e do exercício físico.

“Em atividades cíclicas, como a corrida ou a caminhada, a música pode auxiliar o praticante a manter o ritmo desejado ou associar esse ritmo a uma faixa de intensidade ou de esforço específica. No exercício dentro da academia, por exemplo, a música pode ajudar a ’distrair‘ e a diminuir a sensação de esforço e de cansaço”, explica o profissional.

Muitos benefícios

Além de divertida, a música também ajuda em tarefas que exigem mais foco e concentração. Não é à toa que muitas pessoas gostam de estudar ouvindo música ou gostam de ouvir música, até mesmo, durante o trabalho. No caso de atletas de alto rendimento, Pedro explica que ela pode ser utilizada dentro de uma rotina mental pré-competitiva, para o aumento da ativação, do foco e da atenção, além da concentração para ter um melhor desempenho durante a prova.

Do mesmo modo, a música quando mais suave ajuda a “desligar” um pouco a mente. É nessas horas que algumas pessoas associam um ritmo mais meditativo à indução do sono, por exemplo. Em relação à atividade física, existem práticas que também combinam bastante com esse estilo musical mais relaxante.

De acordo com o profissional de Educação Física entrevistado, em práticas como o yoga, por exemplo, a música instrumental ou no formato de mantras pode ser utilizada para auxiliar no relaxamento do corpo e para diminuir o fluxo de pensamentos da mente, o que pode favorecer a prática da meditação ou a condução de uma prática de relaxamento.

Mas é sempre bom lembrar que a motivação para qualquer atividade física, seja ela mais agitada ou mais calma, intensa ou moderada, não depende só de uma boa playlist. Qualquer modalidade precisa ser escolhida primeiramente com base na afinidade e no interesse da pessoa que pratica. A música vem para completar a experiência. Segundo Pedro, para que o efeito seja positivo, ao escolher uma música ou montar uma playlist específica, deve ser considerado o objetivo que se tem com a sua utilização e também os gostos pessoais de quem vai escutar.

Quando a música toca a alma

Quem nunca se sentiu feliz ou mais animado ao ouvir uma canção específica? Lembrou de alguém, sentiu saudade ou até mesmo voltou no tempo. A música comove de várias maneiras e isso não é algo que se restringe apenas ao campo do entretenimento. Existem até terapias e tratamentos para doenças tendo a música como aliada.

Pedro acrescenta que o uso da música também tem sido investigado em muitas áreas e com diferentes grupos de pessoas, até mesmo com doenças graves, para trazer bem-estar psicológico. “Durante a pandemia do novo Coronavírus (COVID -19), por exemplo, estudos mostraram que o uso da música auxiliou na redução de sintomas emocionais negativos causados pelos períodos de restrição e isolamento social. A música pode ter efeitos positivos físicos e mentais, nos contextos do esporte, do exercício físico ou de atividade física e também para o bem-estar emocional”, finaliza o especialista.

Produzido pelo Ministério da Saúde, o Guia de Atividade Física para a População Brasileira incentiva a prática regular de atividade física e demonstra como manter uma vida fisicamente ativa em diferentes momentos. Dividida em oito capítulos, a publicação aborda a prática de atividade física em vários contextos, grupos e ciclos de vida, além de trazer recomendações sobre a quantidade, a intensidade e exemplos de atividades aeróbias, de força e de equilíbrio, com indicações para um estilo de vida ativo. Acesse agora para consultar informações e recomendações específicas para crianças de até 5 anos, crianças e jovens de 5 a 17 anos, adultos e idosos, gestantes e mulheres no pós-parto, pessoas com deficiência e para a educação física escolar.

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